Moradores do bairro Estrela do Sul, próximo onde Blayon, de 22 anos, foi morto a facadas durante uma festa de família, contam como foi a madrugada de domingo (28), que se transformou em um grande pesadelo. “Só vi o pessoal correndo de lá para cá e gritaria como sempre. Vi um vuco vuco e uma mulher acionando a ambulância”, conta bastante assustada, a comerciante de 57 anos, que preferiu não se identificar.
Apesar de não ter presenciado a cena, outro morador próximo ao local onde o crime ocorreu reclama que a região é complicada. “Aqui está muito perigoso, tanto no lugar onde o homem morreu, como na praça do bairro, em que duas pessoas foram executadas à tiros em março deste ano”, relembra o homem de 69 anos.
Assim como ele, um aposentado de 70 anos, disse que está difícil circular pelo bairro que há um bom tempo se tornou um lugar inseguro. “Eu não cheguei a ver, mas está muito difícil, todos os dias a gente vê bagunça de motociclista aqui. O bairro está perigoso”, reclama.
Horas após o crime, a CGM (Guarda Civil Metropolitana) encontrou a faca utilizada pela autora. A arma foi apreendida e entregue à Polícia Civil para perícia. Em frente à residência onde o rapaz foi executado, ainda é possível ver marcas de sangue e vestígios do crime.
O crime
Um homem, identificado como Blayon, de 22 anos, foi morto a facadas durante uma festa de família no Conjunto Residencial Estrela do Sul, em Campo Grande, na madrugada deste domingo (28). A suspeita de cometer o crime – uma mulher de 29 anos -, foi presa em flagrante.
Segundo o boletim de ocorrência, testemunhas contaram a PM (Polícia Militar) que estava ocorrendo uma comemoração familiar no local, quando uma mulher chegou na festa e começou a beber. Ela era apenas conhecida de um dos familiares.
Em determinado momento, ela sentiu ciúmes de outra mulher com um homem e começou a agredi-la e discutir. A mulher agredida contou os fatos para sua irmã que foi tirar satisfações e também foi agredida, momento em que tentou conter as envolvidas.
Com isso, a suspeita pegou uma faca e desferiu dois golpes no peitoral de Blayon. Após as facadas, a mulher fugiu e familiares acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Corpo de Bombeiros e a PM.
Entretanto, a família não aguardou a chegada do socorro e preferiu levar a vítima em um carro a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino. Na unidade, o homem não respondia e foi constatado que ele estava com uma perfuração na região do peitoral. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu.
A suspeita – que havia fugido logo após o crime -, foi localizada nas proximidades com lesões no rosto e se queixando de dores de cabeça. Ela recebeu os primeiros socorros dos Bombeiros e foi presa em flagrante, sendo levada para a Depac Cepol.
Uma equipe da GCM (Guarda Civil Metropolitana) também estava no local e encontrou a faca usada no crime.
Na delegacia, os militares informaram que atenderam uma ocorrência nas proximidades, onde funciona um centro religioso. No local, uma mulher teria chegado transtornada dizendo que esfaqueou um homem. Não há informações se essa seria a mesma mulher presa pelo homicídio e a Polícia Civil deve investigar o caso.