O casal Daniela Schulz e Hiales Fodra, vítimas da queda de avião que matou 62 pessoas, foi velado nesta segunda-feira (12) no Rio Grande do Sul. O casal chegou a residir em Naviraí, em Mato Grosso do Sul, onde ele atuou como agente da Polícia Rodoviária Federal.
Caixões foram ligados por uma fita branca com as alianças dos dois penduradas. Daniela e Hiales eram casados desde 2017. Eles foram velados e enterrados em Santa Rosa (RS), cidade natal de Daniela. Imagens da cerimônia foram capturadas pela RBS TV.
Os dois foram identificados por prótese, tatuagem e posição no voo. Hiales tinha uma prótese no ombro direito, e os dois tinham tatuagens, sinais que facilitam a identificação. Mas a cadeira deles também foi importante para identificação, que foi realizada por meio das impressões digitais.
Casal viajaria para os Estados Unidos. O voo onde o casal estava saiu de Cascavel (PR) e tinha como destino o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), onde fariam escala antes de partir para os EUA.
Daniela publicou um vídeo nos stories de seu Instagram. “Que Deus abençoe o nosso dia e nosso final de semana. Que seja um dia muito produtivo e muito alegre”. Ela continuou explicando que estava “sumida” das redes, mas estava cumprindo todos os seus compromissos, como ir treinar na academia.
QUEM SÃO AS VÍTIMAS?
Daniela era empresária e participava de campeonatos de fisiculturismo. Ela tinha uma loja de venda de roupas fitness, suplementos e acessórios.
Ela também compartilhava rotina de vida fitness nas redes sociais. Em 11 de julho, Daniela postou um vídeo dela em um espaço, anunciando um “novo projeto e realização de um sonho”. Nos comentários, ela escreveu que o espaço seria uma academia dela. Hiales comemorou a conquista nos comentários: “Vamos juntos meu amor, para mais um desafio! Com fé em Deus e muito trabalho, logo este projeto se tornará realidade, e com o teu brilhantismo, tua energia e tua força, será um grande sucesso e fará a diferença na vida das pessoas”.
Hiales era engenheiro agrônomo e já foi policial rodoviário federal. Em nota compartilhada nas redes sociais, a PRF lamentou o óbito do ex-agente -que atuou na corporação entre 2019 e 2021-, da esposa, e das demais vítimas da tragédia. “Aos entes e amigos enlutados, prestamos nossos sentimentos de solidariedade e respeito”, acrescentaram. Inicialmente ele atuou no Acre, depois foi transferido para Naviraí, na região sul de Mato Grosso do Sul.
Atualmente, ele atuava como representante comercial de uma marca de sementes de soja e milho. A empresa, segundo o perfil da vítima LinkedIn, fica localizada no Paraná. Ele começou a trabalhar no local em março deste ano.
Fonte: Correio do Estado