“Nicolas veio na paz, na tranquilidade e na rapidez”. Ainda brincando com a situação, a servidora pública Michele Salvaterra Ricardo, de 36 anos, contou ao Jornal Midiamax como foi dar a luz dentro do carro, em um posto de gasolina do bairro Guanandi, na região sul de Campo Grande. O fato inusitado ocorreu há dois dias e a mamãe e o pequeno terão alta nesta sexta-feira (20).
“Eu estava com muita contração, muita dor, só que fui indo bem no carro, apressada, procurando um lugar para poder ter o meu filho. E nisso a gente estava lá, no posto de gasolina, então, a única coisa que passou na minha cabeça foi chamar um bombeiro para ajudar. E na hora a menina que estava do lado, quando a gente estava abastecendo, falou: ‘Ali na frente, tem um bombeiro ali na frente’. Aí meu marido passou para o outro lado da rua e aí já veio o momento de sair o bebê”, relembrou Michele.
Segundo a servidora, neste momento não havia mais dor e sim somente a sensação da bolsa estourando. “O bombeiro achou que era só a bolsa naquele momento, mas, já tinha estourado. E daí ele voltou para pegar as coisas de higiene, a maca. Quando ele voltou, o Nicolas já estava com a cabeça para fora, já estava saindo, estava assim a coroa, estava bem no início já da saída dele. Aí quando ele veio, o bombeiro já estava com a mão embaixo para pegar. Ele realmente escorregou. Eu não senti dor nem nada, só desceu mesmo”, comentou.
Michele brinca que, com a “mudança da lua”, mudou também a programação. “A data marcada era bem mais pra frente, só que ele ficou agitado durante a madrugada do nascimento e veio ao mundo na quarta-feira (18), às 10h55. Só que eu comecei a sentir uma dor bem forte, lá pelas cinco e meia da manhã, e achava que era por causa que estava com muito xixi, mas, depois continuou, continuou, e fiquei com programação do dia: fui fazer ginástica, alongamento, agachamento e usei a bola para ficar fazendo exercício normal”, relembrou.
Ao se deslocar para o Centro da cidade, a mamãe diz que começou a sentir algumas “pontadas e agulhadas”, até que decidiu ligar para o marido. “Falei com doula, que estourou a bolsa, daí meu marido falou que o carro estava sem gasolina. Ele nos buscou e, quando paramos no posto, eu já estava gritando e a bolsa tinha estourado. A gente correu no bombeiro, foi buzinando, buzinando, até que eles nos ajudaram. Eles iam fechar o quartel, mas, estavam ali para receber o Nicolas. Deus é bom demais”, finalizou.