Na manhã desta quarta-feira (31), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou em Corumbá (MS), a 425 quilômetros de Campo Grande. Lula sobrevoou áreas queimadas no Pantanal, onde quase um milhão de hectares já foram destruídos pelo fogo.
Durante o sobrevoo de helicóptero, Lula estava acompanhado pelos ministros Rui Costa (Casa Civil), Renan Filho (Transporte), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), pelo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, e pelo governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB).
Nas imagens, é possível ver o cargueiro KC-390, um avião gigante usado para despejar água nas linhas de fogo. Esta é a primeira vez que o maior avião produzido na América Latina é utilizado no combate a incêndios. A aeronave tem capacidade de armazenar 12 mil litros de água e é especificamente usada em desastres no Brasil.
Conforme a agenda presidencial, Lula visitou as instalações da base local do Ibama para acompanhar os trabalhos de combate às chamas. No local, o presidente sancionou o projeto de lei n° 1818/2022, que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.
O avião presidencial pousou no Aeroporto de Corumbá às 10h06 (horário local).
Esta é a segunda visita de Lula a Mato Grosso do Sul desde o início de seu terceiro mandato. A última visita ocorreu em abril deste ano, quando o presidente anunciou a ampliação das exportações de carne do Brasil para a China.
Recorde de queimadas
O Pantanal já teve mais de 906 mil hectares queimados pelo fogo neste ano, segundo levantamento do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ). Essa área destruída representa 6% de todo o território pantaneiro.
Entre 1º de janeiro e esta quarta-feira (31), foram queimados 906.950 hectares em todo o bioma, que abrange partes de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
O fogo consome o bioma há mais de três meses, deixando um rastro de devastação ambiental e morte de animais. Somente em julho, o bioma registrou 1.158 focos de calor, sendo 88% em Mato Grosso do Sul com 1.030 focos, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Embora o fogo seja esperado anualmente no Pantanal entre o fim de julho e agosto, eventos climáticos extremos, seca severa e a ação humana anteciparam a temporada das chamas neste ano, começando ainda em junho.
Brigadistas do PrevFogo, Corpo de Bombeiros, Exército e militares da Força Nacional estão atuando no combate às chamas no Pantanal. A falta de chuva, altas temperaturas e ventos fortes dificultam os trabalhos para apagar os incêndios, que se alastram facilmente devido à vegetação seca.
Confira o vídeo:
VÍDEO: Lula sobrevoa o Pantanal em chamas e vê devastação recorde enquanto sanciona nova política ambiental foto.twitter.com/v5RV2RPIxr
— osulmatogrossense (@PortalOSM) 31 de julho de 2024
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