Campo Grande amanheceu tomada pela fumaça nesta terça-feira (08) e até enxergar os prédios é difícil. Imagens de drone mostram a região norte da cidade, onde nem é possível ver o céu, apenas a fumaça densa.
Imagens gravadas por @edflydrone gravadas na região avenida Cônsul Assaf Trad, na saída para Cuiabá, surpreendem. Não é possível ver nem mesmo os prédios da região central de Campo Grande. A fumaça também parece escura, com aparência de suja.
Como consequência, a qualidade do ar de Campo Grande é ruim. Dados de monitoramento do Qualiar, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), o índice de qualidade do ar nesta terça-feira está em 165 considerado ‘muito ruim’.
O material particulado é o principal poluente atmosférico utilizado como parâmetro para a análise e caracterização da qualidade do ar devido à frequência de ocorrência e aos prejuízos à saúde e ao meio ambiente que ele pode causar.
Ventos trazem fumaça de incêndios
Sistemas atmosféricos influenciam na mudança do clima, com aumento de nebulosidade e colaboram para que as correntes de ar tragam fumaça dos incêndios florestais.
O Aeroporto de Campo Grande opera por instrumentos na manhã desta terça-feira (8). A situação acontece devido à fumaça densa que encobre a cidade desde a noite de segunda-feira (7).
Com a qualidade do ar chegando ao seu pior patamar neste ano em Mato Grosso do Sul, o Jornal Midiamax conversou com um médico para saber se as máscaras faciais são a ferramenta ideal para proteção contra a inalação de fumaça e poluição.
Segundo o médico pneumologista Ronaldo Perches, “estamos vivendo um momento em que as condições climáticas, a qualidade do ar, está muito ruim. Tudo isso são fatores que agridem a saúde respiratória, as vias aéreas das pessoas”.
Ele explica que esses prejuízos à saúde são resultados de um conjunto de fatores, como tempo seco, baixa umidade do ar e, para agravar, a presença de fumaça e fuligem que tomaram conta do país.