Em 2024, o comércio mundial de carne bovina deverá atingir 12 milhões de toneladas, com um crescimento de 1,9% em relação ao ano anterior, segundo a FAO. O Brasil, que produziu 9,8 milhões de toneladas em 2023 e se destaca como o maior exportador de carne bovina, tem adotado práticas de verticalização em suas fazendas.
Um exemplo disso é a Fazenda União do Brasil (FUB), em Buri, SP, a primeira fazenda do país a implementar um sistema de rastreamento individual dos bovinos, monitorando os animais desde o nascimento até o consumidor final. Antônio Roberto Alves Corrêa, médico veterinário e proprietário da FUB, destaca que o projeto foi desenhado para integrar todas as fases da produção, o que resulta em maior controle sobre custos e qualidade.
Além disso, a FUB utiliza práticas sustentáveis, como a fertilização do solo com composto animal. O uso de tecnologia reprodutiva avançada, aliado a um material genético de alta qualidade, potencializa a eficiência da produção.
Anderson Fernandes, responsável pela produção na FUB, enfatiza que a economia circular promovida na fazenda busca rentabilidade, desempenho, sustentabilidade e bem-estar animal. Ele compara a gestão da produção a um trader na bolsa de valores, onde é essencial saber como otimizar cada etapa.
“Produzimos carne commodities e gourmet, além de gerenciar insumos para confinamento e integrar lavouras e pecuária, tudo isso requer estratégia e adaptação constantes”, conclui Fernandes.