Acumulados de chuva que podem ultrapassar os 300 mm entre esta quarta-feira (7) e a próxima sexta (9). É o que mostram os modelos climáticos para o Rio Grande do Sul.
Diversas regiões do estado (veja mapa abaixo) devem ser afetadas. Além disso, os acumulados tendem a ser acompanhados por granizo e ventos intensos.
A Climatempo enfatiza que os maiores acumulados de chuva no período se concentram na faixa oeste e na Região das Missões, com previsão superior a 300 mm nas áreas em azul escuro no mapa.

Na imagem acima, é possível notar que os volumes nas regiões gaúchas devem ser os seguintes:
- Região de Uruguaiana: variam entre 200 mm e 300 mm;
- Campanha e no sul do estado: de 100 mm a 200 mm
- Faixa centro-norte, incluindo a Região Metropolitana de Porto Alegre: entre 50 mm e 100 mm
“A situação é de tempo severo, com potencial para granizo, ventos que podem ultrapassar os 90 km/h e até ocorrência de microexplosões — eventos localizados com rajadas de vento muito intensas em curto período de tempo”, diz nota da Climatempo.
Previsão de chuva nas cidades
A Climatempo informa que na quinta-feira (9), os maiores volumes de chuva estão previstos para cidades do oeste e sul do estado:
- Uruguai: 201 mm estimado;
- Quaraí: 167 mm;
- Barra do Quaraí: 138 mm;
- São Gabriel: 94 mm
- Rosário do Sul: 85 mm;
- Bagé: 80 mm;
- Santana do Livramento: 71 mm;
- Dom Pedrito: 64 mm;
- São Lourenço do Sul: 60 mm; e
- Canguçu: 59 mm
Já na sexta-feira (10), os acumulados mais expressivos migram para o sul e centro do estado:
- São Lourenço do Sul: 191 mm previstos;
- Camaquã: 175 mm;
- Arambaré: 163 mm;
- Caçapava do Sul: 154 mm
- Mostardas: 146 mm;
- São Sepé: 144 mm;
- Canguçu: 140 mm;
- Encruzilhada do Sul: 137 mm;
- Fitas: 123 mm;
- São Gabriel: 114 mm
Tendência para o fim de semana
É importante destacar que, para o mês de maio, a média histórica de chuva no Rio Grande do Sul varia entre 140 mm e 180 mm. Isso significa que em apenas dois dias, diversas localidades do estado poderão acumular mais chuva do que o esperado para o mês inteiro.
A tendência para o final de semana é de diminuição dos volumes de chuva, com o avanço de uma massa de ar mais fria, que deve trazer também a queda nas temperaturas.
O que motiva o grande volume de chuva?
A Climatempo lembra que desde o início da semana, uma forte massa de ar seco se estabeleceu sobre a região central do Brasil. Esse sistema, ao impedir o avanço das frentes frias para o Sudeste e Centro-Oeste, acaba “empurrando” essas instabilidades para o Sul do país.
Com isso, as frentes frias que tentam cruzar o Rio Grande do Sul acabam ficando bloqueadas e se deslocam lentamente. Isso favorece a formação de grandes nuvens carregadas, uma vez que o ar frio — mais pesado — interage com a massa quente instalada sobre o estado, promovendo a ascensão do ar e o desenvolvimento de temporais.
Além disso, ventos quentes e úmidos que sopram da faixa norte do Brasil contribuem para o aumento da umidade disponível na atmosfera gaúcha, reforçando as instabilidades.