Flagrantes em farto material apreendido durante investigações apontam para verdadeiro hábito sistemático de vazamento de informações sigilosas ou privilegiadas em Mato Grosso do Sul. Assim, novo medo está desbloqueado em gabinetes cujos ocupantes cantam como passarinhos.
Há casos extremos, como denúncias imediatamente repassadas aos denunciados, ao invés de apuradas. Além disso, verdadeira ‘hierarquia’ no vazamento de informações mostra que tudo servia para ‘valorizar o passe’ de quem vazava.
Desta forma, há flagras de chefes de órgãos ‘comemorando’ o recebimento de uma informação e combinando visitas de urgência a outros gabinetes para abrir o bico. Efeito sempre seria melar completamente o trabalho de colegas com blindagem de poderosos em troca de sabe-se lá qual tipo de vantagem.
No entanto, o hábito de entregar tudo para todos de forma a minar o combate à corrupção permeia diversas instituições. Em alguns órgãos, não é primeira vez que assombra a cúpula.
Episódios caricatos seriam cômicos, se não trágicos, como o envio para desembargador de uma carta que deveria ser anônima por gente supostamente ligada diretamente ao gabinete do então PGJ do MPMS. Apuração, que ficou por aqui mesmo, deu em nada.
Confraria e vazamento de informações
De acordo com quem acompanha a ‘garimpada’ de material coletado, devem estar entre os mais preocupados servidores de altos salários, como magistrados, membros ministeriais, delegados de polícia, secretários de governo e assessores.
Em Mato Grosso do Sul, segundo relatório oficial de colegas de fora, pisotearam cotidianamente princípios básicos de carreiras na berlinda. Assim, hábitos pouco republicanos como frequentar confrarias para se embebedar na companhia de investigados e seus prepostos, viraram comuns.
A nata da ‘malandragem’ passou a aproveitar brechas e, entre uma talagada e outra, ‘dever de guardar absoluta reserva, na vida pública e privada’ foi ignorado. Daí para o vazamento de informações, é uma dose de vinho.
Advogados inexperientes, brincadeira de espião e prints comprometedores
Por fim, conversas inteiras entre jovens causídicos inebriados pelo dinheiro ou pelo poder hereditariamente adquirido formam outro repositório inacreditável de ações típicas, ilícitas e culpáveis.
Flagrantes reuniriam pérolas como advogados com tempo de sobra brincando de espião, tecendo comentários indecorosos sobre esposas de pretensos amigos, até crimes materializados, como vazamento de nudes.
Em meio ao besteirol comum àqueles que crescerem acima da lei, mais flagrantes de vazamento de informações privilegiadas. Bobinhos, teriam supostamente deixado rastro indicando inclusive os autores de sistemática violação de sigilo funcional.
Assim, fatos recentes que implicam as eleições em andamento na OAB-MS, como suspeitas de espionagem contra um dos candidatos, seriam só ‘mais do mesmo’ no enredo tragicômico que virou setor da advocacia local.
Como distribuição das notícias-crime e notícias de fato deve ocorrer fora das divisas de MS, expectativa é de outros conselhos nacionais sejam instados e constranjam corregedorias locais a agir de verdade.
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