Como medida para desafogar os hospitais, diante do quadro de superlotação das unidades em decorrência da gripe, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), disse que uma das ações foi transformar as unidades de Pronto Atendimento (Upas) em mini hospitais.
Entre as propostas apresentadas pela secretaria municipal de Saúde, Rosana Leite, foi a possibilidade de ampliação de leitos na Santa Casa de Campo Grande, que passa por reformas, o planejamento apresentado no dia 30 de abril, ainda não teve andamento, conforme contou a prefeita Adriane Lopes.
“Até a semana passa era só uma proposta, mas não tinham leitos vagos para disponibilizar, então nós começamos a fazer o atendimento mais intenso nas Upas que se tornaram pequenos hospitais, atendendo a população”, pontuou Adriane.
Emergência Sanitária
No dia 30 de abril, em edição extra do Diogrande a Prefeitura Municipal de Campo Grande decretou situação de emergência com duração de 90 dias, durante esse período o município pode adquirir remédios, equipamentos e outros insumos sem a necessidade de licitação.
Com relação às filas de UTIs Pediátricas, como para idosos, a prefeita relatou que o aumento da circulação do vírus da gripe ocorre me todo Brasil, o mesmo cenário enfrentado por Campo Grande, sobre a situação Adriane apontou como solução da sua gestão apresentar projetos que envolvem desde aumento de leitos a criação do Hospital Municipal.
“Estamos propondo a construção do hospital (Municipal de Campo Grande), e ampliação de leitos que há vinte anos não é discutido”, disse Adriane.
Alerta Epidemiológico
O cenário de superlotação fez com que a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), montasse o Centro de Operações de Emergência (COE), de onde estão monitorando e traçando ações para o enfrentamento das Síndromes Gripais Agudas Graves (Srag), que ocorrem por conta da alta circulação do vírus sincicial respiratório (VSR), como também da influenza A e do rinovírus.
A secretária municipal de saúde, Rosana Leite, explicou que o aumento de tempo médio de internação de uma pessoa contaminada pela gripe (Influenza A) que era de cinco dias aumentou para dez dias. O que acarretou na sobrecarga no sistema de saúde.
Conforme o boletim semanal da Infogripe produzido pela Fiocruzcom dados recebidos das prefeituras de todo país, em Campo Grande o índice de probabilidade de crescimento de contágio está em 95%.
Vacinação
Como não existe remédio, conforme disse a secretaria municipal de Saúde da Sesau, Rosana Leite, a única forma de prevenção é a vanina, no entanto, atingiu apenas 17% do público alvo. A baixa busca pela vacina que ocorreu em todo país fez com que o Ministério da Saúde orientasse os municípios a ampliar a imunização para todas as idades.
No dia 30 de abril, apenas 17% procuraram uma unidade de saúde para tomar a vacina. Um total de 367,5 mil pessoas do público-alvo entre crianças até seis meses e adultos acima dos 60 anos de idade.
Prevenção
- Procurar unidade mais próxima de saúde e tomar a vacina para Influeza A;
- Manter o esquema vacinal em dia com todas as doses conforme diretrizes do Ministério da Saúde;
- Usar máscara enquanto estiver na unidade de saúde;
- Se estiver com sintomas gripais, manter o uso da máscara e procurar atendimento médico;
- Lavar as mãos;
- Evitar tocar nariz, boca e olhos;
- Usar alcool em gel;
- Evitar locais com grande circulação de pessoas;
- Não expor bebês menores de seis meses a multidões;
Sintomas da Influenza A
- Febre;
- Calafrios;
- Tosse;
- Dor de garganta;
- Nariz escorrendo ou entupido;
- Dor muscular e/ou corporais;
- Dor de cabeça;
- Fadiga (cansaço);
- Vômito e diarreia, mais comum no público infantil.
VSR
- Dificuldade para respirar;
- Dedos e lábios azulados;
- Secreção nasal;
- Espirros;
- Chiado no peito;
- Bebês apresentam dificuldade na hora da amamentação;
- Dor de cabeça;
- Dor de garganta;
- Perda de apetite;
- Prostração;
- Cansaço.