Recuo do Governo Federal está ligado às metas do Arcabouço Fiscal
Marcos Morandi –
Nesta terça e quarta-feira (16), funcionários públicos administrativos da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) paralisam as atividades. A decisão foi tomada após descumprimento de acordo firmado entre a categoria e o Governo Federal.
Segundo o Sintef (Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais), a paralisação foi convocada após reunião no dia 26 de setembro, com delegados sindicais e representantes do Governo Federal.
Durante o encontro, o Governo Federal informou que excluiria da minuta do Projeto de Lei (PL), que regulamenta o acordo de greve da categoria, importantes pontos reivindicados.
Entre eles, a aceleração de progressão, reposicionamento de aposentadas e aposentados, reconhecimento de Saberes e Competência e criação do cargo amplo de Auxiliar de Educação (reestruturação do Nível C).
A justificativa do Governo para essas mudanças está relacionada à viabilidade econômico-financeira dentro das metas estabelecidas pelo Arcabouço Fiscal.
No entanto, segundo as entidades sindicais, bilhões de reais continuam sendo destinados ao pagamento de juros da dívida pública, cuja transparência é limitada, beneficiando bancos e especuladores, sem retorno direto para a população.