Líder do governo militar de Mianmar, Min Aung Hlaing, fez apelo para obter auxílio internacional no enfrentamento das inundações
Da Redação –
(Reprodução / MRTV)
Em Mianmar, a situação é particularmente grave após um tufão deixar centenas de mortos. “Em todo o país, 113 pessoas morreram, 64 estão desaparecidas e 14 estão feridas”, afirmou o porta-voz da junta militar, Zaw Min Tun. Segundo ele, mais de 320 mil pessoas, ou 78 mil lares, foram transferidas para campos de socorro temporários.
Esse tufão é um dos mais fortes dos últimos anos e tem castigado a região duramente nos últimos dias, resultando em mais de 400 mortes em Mianmar, Vietnã, Laos e Tailândia. A intensidade das chuvas e dos ventos está causando pânico e destruição em várias localidades.
Tufão em Mianmar: Lago Inle
No lago Inle, um dos pontos turísticos mais conhecidos de Mianmar, situado a 30 quilômetros de Kalaw, a água subiu no sábado até o segundo andar das casas construídas sobre palafitas. Um residente local relatou à AFP que “vilas inteiras ficaram submersas” em algumas áreas próximas ao lago, enquanto removia sua família para um local seguro.
Os impactos no turismo e no modo de vida das pessoas que dependem do lago Inle são profundos. Com suas águas subindo rapidamente, muitos perderam tudo o que tinham.
Regiões mais afetadas pelo Tufão
Carros e caminhões com voluntários viajavam no domingo de Rangum para o norte do país, em direção às áreas mais afetadas de Taungoo, na região de Bago, e ao redor da capital Naypyidaw, conforme relatado por jornalistas da AFP no local.
Os veículos estavam carregados com água mineral, roupas e alimentos secos. Alguns tinham botes amarrados aos tetos, preparados para realizar resgates e fornecer suprimentos essenciais às vítimas das enchentes.
Ajuda internacional
O líder do governo militar de Mianmar, Min Aung Hlaing, fez um apelo neste sábado para obter auxílio internacional no enfrentamento das inundações. Isso é algo incomum para um regime que frequentemente dificultou a entrada de ajuda humanitária estrangeira.
Essa mudança de postura reflete a severidade da situação, que demanda esforços conjuntos e ajuda externa para oferecer alívio às comunidades devastadas. Mais de 2,7 milhões de habitantes já foram forçados a abandonar suas casas devido ao conflito civil em curso, complicando ainda mais os esforços de socorro.
Resumo da situação nas regiões afetadas:
- Mianmar: 113 mortos, 64 desaparecidos, 14 feridos, e mais de 320 mil desabrigados.
- Vietnã, Laos e Tailândia: São mais de 400 mortes confirmadas em toda a região.
(Com informações do Terra)
