A Polícia Federal segue reunindo elementos que comprovam os últimos passos de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, antes de ele atacar o STF (Supremo Tribunal Federal) com bombas, na noite desta quarta-feira (13), em Brasília. Confira o vídeo do momento do atentado.
Horas antes, ele entrou no plenário da Corte e enviou mensagens no Facebook anunciando o ataque e manifestando ódio contra autoridades. De acordo com a Polícia Federal, os indícios são de que Wanderley agiu sozinho; no entanto, grupos extremistas continuam à espreita.
Nesta quinta-feira (14), o STF ainda recebeu ameaças: “não haverá descanso”, diz trecho da mensagem.
Confira tudo o que se sabe até agora sobre o atentado com bombas no STF:
Quem é Francisco Wanderley Luiz?
Francisco se candidatou a vereador pelo PL em Rio do Sul, em Santa Catarina, em 2020, mas não se elegeu. Ele era solteiro, atuava como chaveiro e tinha dois filhos, de 37 e 38 anos, do primeiro relacionamento, apurou o portal G1. Francisco era bolsonarista e, inclusive, participou de acampamentos golpistas em Santa Catarina após a derrota de Jair Bolsonaro. O corpo só foi retirado do local na manhã desta quinta-feira (14).
Como foi o ataque?
Francisco Wanderley se aproximou do STF (Supremo Tribunal Federal) com artefatos explosivos na noite desta quarta-feira (13). Imagens mostram o homem se aproximando da estátua da Justiça e jogando algo no monumento. Um segurança da Polícia Judiciária se aproximou e fez uma abordagem. Francisco, então, recuou e lançou artefatos explosivos em direção ao STF.
Na sequência, ele acendeu um novo artefato, que explodiu com ele. Francisco morreu em decorrência das explosões. Minutos antes, outros explosivos detonaram no carro de Francisco, que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados.
Próximo ao veículo, a Polícia Federal ainda apreendeu um trailer vedado, que continha artefatos semelhantes aos usados nos atentados.
Entrou na Câmara dos Deputados
Horas antes do atentado, Francisco Wanderley Luiz circulou pelos corredores da Câmara dos Deputados, segundo o deputado Jorge Goetten (Republicanos-SC), apurou a jornalista Andreia Sadi, do G1. Francisco teria dito que iria ao gabinete do parlamentar, mas deixou a Câmara sem chegar à sala do deputado.
A casa do suspeito
A Polícia Federal ainda encontrou mais explosivos na casa alugada por Francisco Wanderley, em Ceilândia. A polícia fez buscas no local na madrugada desta quinta-feira (14) e encontrou bombas caseiras. Um dos artefatos foi detonado assim que o robô da corporação abriu uma gaveta. Na residência, a polícia encontrou inscrições relacionadas ao 8 de janeiro e mencionando um plano de bomba.
Ódio a Alexandre de Moraes
A ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz disse à Polícia Federal que Francisco “queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado”, conforme o blog da jornalista Daniela Lima, no G1.
Ameaça por e-mail
Após o atentado de ontem, o Supremo Tribunal Federal recebeu um e-mail com ameaça. Na mensagem, um suspeito afirma que “não haverá descanso até que a Suprema Corte brasileira seja eliminada”.
Investigação
Por enquanto, Francisco parece ter agido sozinho, mas a Polícia Federal não descarta a hipótese de o terrorista ter agido com o apoio de outros extremistas. A Polícia Federal e o STF (Supremo Tribunal Federal) devem assumir as investigações. O caso é investigado como ato terrorista.