O presidente eleito dos EUADonald Trump, afirmou que o Brasil impõe tarifas altas sobre produtos importados dos EUA e que seu governo adotará medidas semelhantes. A afirmação foi feita durante uma entrevista coletiva em Mar-a-Lago, na Flórida. Esta foi a primeira vez que Trump mencionou diretamente o Brasil em seu plano de taxação. Ele destacou a importância da reciprocidade nas relações comerciais, mencionando também a Índia como exemplo de países que cobram tarifas elevadas.
Não é a primeira vez
Durante a campanha pela presidência dos EUA, Trump já havia defendido tarifas de importação. Segundo a Reuters, ele prometeu uma tarifa universal de 10% sobre importados e uma tarifa específica de 60% para a China, além de ameaçar taxas adicionais de 25% para México e Canadá. Além disso, ele afirmou que pretende “cobrar o mesmo valor” (taxas impostas pelo Brasil) como forma de proteger a indústria americana e gerar empregos. As informações foram publicadas pelo portal G1. Essas medidas, segundo Trump, têm como objetivo fortalecer a indústria dos EUA e conter problemas como a imigração ilegal e o tráfico de opioides.
Guerras
Na coletiva, Trump também abordou conflitos internacionais, elogiando a Turquia por sua “força militar significativa” e afirmando que o país deve assumir um papel central na Síria. Ele mencionou que Ancara teria derrubado o governo de Bashar al-Assad e destacou a importância de conter militantes do Estado Islâmico, embora tenha sido vago sobre a presença dos cerca de 900 soldados americanos na região.
Sobre o conflito na Ucrânia, Trump declarou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, deve estar preparado para negociar com o presidente russo, Vladimir Putin, a fim de encerrar a guerra. Apesar de evitar responder diretamente se a Ucrânia deveria ceder território à Rússia, Trump enfatizou a necessidade de encontrar uma solução e “acabar com a guerra”.