Um adolescente de 17 anos, que estava indo para o trabalho, morreu baleado no Engenho da Rainha, na zona norte do Rio, na noite dessa quarta-feira (30/4). O rapaz estava na garupa de uma moto de aplicativo quando passou por um tiroteio entre policiais militares e bandidos. Ele foi atingido várias vezes nas costas. A vítima, Gabriel dos Santos Vieira, morreu no local.
O piloto da moto também foi atingido por pelo menos três tiros. Ele foi socorrido e está internado.
Gabriel era morador do Complexo do Alemão e trabalhava como assistente de pizzaiolo e bailarino. Nessa quarta, ele tinha sido contratado para dançar em uma festa de debutante em Madureira. Para chegar ao local, ele chamou uma viagem de mototáxi e subiu na garupa de Vanderson Ferreira Nascimento Pinto, de 40 anos.
Segundo a PM, a moto em que Gabriel estava ficou no meio do tiroteio entre criminosos que estavam em dois carros. Porém, a versão é contestada pelos familiares da vítima, que alegam que os policiais atiraram contra a dupla.
Já Vanderson foi levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e não havia informações sobre o estado de saúde dele.
A Polícia Civil fez uma perícia no local e constatou cinco perfurações nas costas de Gabriel. Os bandidos conseguiram fugir.
Versão da PM
Em nota, a Polícia Militar disse que, de acordo com os policiais envolvidos na ocorrência, uma equipe da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Alemão realizava policiamento pela Estrada Adhemar Bebiano, no Engenho da Rainha, quando iniciou uma abordagem a um veículo suspeito.
Ainda de acordo com a PM, os criminosos atiraram de dentro do automóvel contra a equipe e houve confronto. Os bandidos aceleraram e conseguiram fugir.
De acordo com o comunicado, em seguida, os policiais constataram que dois homens que passavam pelo local em uma motocicleta foram atingidos.
A PM disse que os policiais envolvidos na ação utilizavam câmeras uso individual e o comando da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) já instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias do fato.
Por fim, a PM disse que o caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), onde as armas dos policiais foram apreendidas para a perícia.