Os três suspeitos de matarem o taxista Devanir da Silva Santos, de 52 anos, durante roubo em Ribas do Rio Pardo, distante a 98 quilômetros de Campo Grande, teve a prisão em flagrante convertida para preventiva em audiência de custódia. Dessa forma, responderão pelo crime de latrocínio atrás das grades.
O taxista foi morto com três tiros, sendo um na nuca, um na perna esquerda e um na mão. Em depoimento aos policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) que não tinham intenção de matar Devanir, apenas levar pertences de valor e dinheiro da vítima.
Segundo o delegado titular do Garras, Guilherme Scucuglia, os criminosos afirmaram ter conhecimento de que o taxista tinha “valores disponíveis” na conta bancária. A Polícia Civil já pediu a quebra de sigilo bancário do taxista Devanir, para revelar se os três criminosos realizaram movimentações na conta da vítima.
Dois dos criminosos são oriundos do estado da Bahia e o terceiro, de São Paulo. Eles contaram aos policiais que se conheciam antes de irem morar em Ribas do Rio Pardo, e que foram para o município a 97 quilômetros de Campo Grande a trabalho. Os três estavam há cerca de seis meses no interior de Mato Grosso do Sul.
O executor do assassinato do taxista Devanir, o criminoso de 24 anos, possui passagens anteriores por latrocínio no estado do Paraná.
Presos na Capital e no interior
Familiares de Devanir da Silva Santos comunicaram o desaparecimento dele na quarta-feira (12) na DP (Delegacia de Polícia) de Ribas de Rio Pardo. O taxista foi visto pela última vez por volta das 19h da terça-feira (11), conforme revelou a família.
O carro Toyota Corolla do taxista foi abandonado na Vila Santa Dorotheia. Um morador contou ter visto três suspeitos agasalhados fugindo a pé na direção de um supermercado nas proximidades.
O primeiro suspeito, de 35 anos, foi preso em um hotel na Avenida Afonso Pena. A equipe do Garras diligenciou por vários estabelecimentos de hotelaria na região até chegarem ao suspeito. Ele estava com um revólver .38 milímetros e uma munição escondidos embaixo de um colchão no quarto de hotel.
À polícia, ele disse que o taxista foi provavelmente assassinado para poderem roubar dinheiro de sua conta bancária. Contudo, o homem negou ter participado do crime e disse que acredita que os dois comparsas que assassinaram Devanir e o deixaram próximo a um posto de combustíveis.
As investigações seguiram e chegaram a outro taxista, que teria levado os outros dois suspeitos de volta para Ribas do Rio Pardo. O taxista confirmou a viagem.
Em Ribas do Rio Pardo, o segundo criminoso, de 28 anos, foi localizado na casa dele, na região do Bairro Estoril. O suspeito tentou fugir ao avistar as viaturas policiais, mas foi capturado. A esposa dele também estava na residência, mas não possui envolvimento no latrocínio.
Por fim, os policiais foram informados que o terceiro suspeito teria retornado para Campo Grande. O delegado Roberto Guimarães explicou que as diligências se concentraram, primeiro, na Rodoviária da Capital e depois em pousadas próximas. Ele, que tem 24 anos, foi encontrado em uma no Bairro Universitário.
Com os suspeitos foram apreendidos um revólver calibre .38, duas munições, uma faca que foi deixada no Toyota Corolla de Devanir, enforca gatos que foram usados para amarrar a vítima, e dois celulares. Os itens foram encaminhados para perícia.