Três pessoas, de 34, 38 e 45 anos, foram presas em flagrante, na manhã desta quinta-feira (20), por manterem uma ‘falsa’ clínica de reabilitação e pacientes em cárcere privado em uma área rural de Campo Grande.
Segundo informações do boletim de ocorrência, a fiscalização aconteceu em meio a uma ação da Decon (Delegacia de Repressão os Crimes contra o Consumidor), Defensoria Pública e Vigilância Sanitária.
Consta no registro policial, que já havia uma investigação referente a um espaço terapêutico e a denúncia indicava que os administradores do espaço haviam migrado para um local numa área rural. O espaço teria sido alugado por 4 dias para um suposto retiro espiritual.
Porém, o contrato de aluguel vencia nesta quinta-feira, mas não havia outro lugar para encaminhar os pacientes. Durante a vistoria no local, a Vigilância Sanitária constatou que não havia um armário para guardar os medicamentos de forma adequada.
Ainda pelo local, as equipes encontraram um policial militar, mas ele afirmou que estava na condição de paciente. Outros pacientes foram entrevistados, onde disseram que estariam de forma “forçada”, sendo obrigados a estarem lá por causa de outras pessoas.
No local também não havia nenhum responsável técnico. Enquanto a polícia, defensoria e vigilância atuavam na ocorrência, vários pacientes manifestaram a vontade de ir embora do local, porém, eram impedidos pelos ‘monitores’.
O caso foi registrado como sequestro e cárcere privado, se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital.