Uma operação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) resultou na prisão de líderes de uma quadrilha que operava o tráfico de drogas em cinco estados, incluindo Mato Grosso do Sul. A ação, denominada Last Call, cumpriu 55 mandados de prisão preventiva e busca e apreensão em várias cidades, incluindo Campo Grande, Ponta Porã, São Paulo e Fortaleza.
O líder da organização criminosa, identificado como Rafael da Silva Lemos, conhecido como Gazela ou Patrão, comandava o grupo de dentro do Estabelecimento Penal Masculino de Regime Semiaberto e Aberto de Dourados, onde cumpria pena de 49 anos de prisão. Utilizando celulares adquiridos ilegalmente e entrevistas reservadas com advogados, ele dava ordens aos demais membros da quadrilha.
A organização, composta por cerca de 40 integrantes e apoiadores, incluía policiais militares, servidores públicos e advogados. Além do tráfico de drogas, a quadrilha atuava no comércio ilegal de armas de grosso calibre e na lavagem de dinheiro relacionado aos crimes.
A operação resultou na apreensão de mais de 4 toneladas de maconha, milhares de comprimidos de ecstasy e diversas armas de fogo, gerando um prejuízo ao crime organizado estimado em mais de R$ 9 milhões.
A ação contou com a participação de equipes do Gaeco de outros estados, da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e de órgãos de inteligência, além do apoio da Ordem dos Advogados do Brasil.
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