Trabalhadores realizam uma manifestação na manhã desta sexta-feira (15), feriado nacional, contra a jornada de trabalho 6×1. O manifesto acontece na praça Ary Coelho, centro de Campo Grande, e tem o objetivo de reunir apoiadores da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Ao Jornal Midiamaxos trabalhadores falaram sobre as dificuldades da jornada de seis dias de trabalho e um de descanso. Aos 20 anos, Murilo Henrique trabalha como atendente de uma rede de lanchonete e conta dos impactos em sua vida pessoal.
“Tira meu tempo de poder fazer outras coisas, como estudar ou poder me divertir com a minha família e amigos. Se for aprovada, eu vou ter muito mais tempo, porque é muito cansativo, principalmente na madrugada”, diz o trabalhador.
Presidente do diretório do PT em MS, Agamenon do Prado, acredita que a mudança na jornada de trabalho vai contribuir para a abertura de novas vagas de emprego. “Nós sabemos que o mundo tem dificuldade de geração de emprego e acho que com a redução de jornada, vai abrir a possibilidade de abrir novas vagas de emprego. Esse discurso que a empresa vai falir é algo bem antigo”.
Jornada tripla
Na manifestação, a professora universitária Bartolina Ramalho, 62, destaca que a jornada 6×1 tem impacto ainda maios sob as mulheres que precisam conciliar jornada tripla, de trabalho fora, em casa e com filhos.
A assessora parlamentar, Alice Leal, afirma que essa é uma luta pelo fim da jornada 6×1, que é “muito cansativa para os trabalhadores”, para ela, qualquer jornada que não maltrate o trabalhador é importante até para melhorar o desempenho dos trabalhadores.
“Esta emenda à Constituição surge a partir das demandas e reivindicações dos trabalhadores, por meio de mecanismos participativos, em que quase 800 mil brasileiros e brasileiras cobram do Congresso Nacional o fim da jornada 6×1 e adoção da jornada de trabalho de 4 dias na semana, evidenciando a relevância e o respaldo significativo da sociedade em relação à necessidade de reformas na legislação trabalhista”diz trecho da justificada da PEC de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP).
Para que a proposta siga para discussão no Congresso Nacional eram necessárias ao menos 171 assinaturas de deputados federais. O número foi ultrapassado no final da manhã desta quarta-feira (13), quando 194 deputados se manifestaram favoráveis.
A proposta ainda deverá ser aprovada no Senado e sancionada pela presidência para ser incorporada à Constituição Brasileira. Para ler o texto da proposta na íntegra, acesse aqui.
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