Conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) a Cesta Básica de Campo Grande, dados de Julho, teve retração no preço do tomate (-45,56%), que segurou o aumento de preços dela no mês.
Valor da cesta: R$ 736,98. Valor da cesta básica para uma família com quatro pessoas2: R$ 2.210,94. Variação mensal: (-1,59%). Variação no ano3: 5,63%. Variação em 12 meses: 5,54%
A boa disponibilidade do fruto no mercado gerou expressiva queda nos preços do tomate (-45,56%), o que contribuiu para compensar a alta no conjunto de outros onze itens que compõem a cesta básica da capital morena. Comercializado ao preço médio de R$ 5,03 o quilo em Julho, nos últimos dois meses o preço médio do fruto foi comercializado a R$ 9,30. Em 12 meses, a retração também é considerável: (-27,83%).
Ainda que discreta, a retração no preço do leite de caixinha (-0,79%) interrompeu a sequência de altas da bebida observadas até então. Contudo, o clima quente e seco tende a contribuir para manter os preços elevados, tanto do insumo quanto do derivado. Com o aumento no mês de julho, o preço da manteiga (7,20%) completou um trimestre de altas.
A variação da banana (16,55%) apontou nova alta de preços, mesmo com uma boa disponibilidade da variedade nanica da fruta. Variações climáticas impactaram a colheita nos bananais, especialmente da variedade prata, que em menor quantidade e qualidade, contribuiu para que os valores se mantivessem elevados.
Depois de dois meses de estabilidade, o pãozinho francês (2,33%) registrou alta, acompanhando o movimento no preço do principal insumo, a farinha de trigo (1,66%). Enquanto o cereal acumula queda de (-14,17%) em doze meses, o derivado registra alta de 3,41%.
O açúcar (3,42%) registrou a segunda variação positiva no ano. Os cinco meses em que se observou retração de preços, em função da boa produção do adoçante, contribuíram para que a variação anual fosse a menor observada entre os treze itens que compõem a cesta básica: 1,29%.
Depois de um quadrimestre de baixas, os preços do feijão carioquinha (1,72%) apresentaram discreta alta. O cenário de retração pode retornar, com o aumento da área plantada e da colheita.
Entre os alimentos que fazem parte da pauta de exportação, Café (8,83%), Óleo de soja (3,76%), carne bovina (1,78%) e arroz (0,49%) também registraram variações positivas de preços, com destaque para o percentual notado no café em pó, que completou um quadrimestre de altas, saindo de um preço médio de R$ 13,84 ao longo do 1º semestre desse ano para R$ 16,02 em julho. Em 12 meses, a variação do custo da bebida é de 18,79%.
Apesar do discretíssimo aumento em Julho, a batata (0,10%) registrou a alta mais expressiva em 12 meses (146,60%), uma vez que o preço médio observado em 2023, de R$ 4,12 o quilo do tubérculo, passou para R$ 10,16 nesse ano.
No mês que abre o segundo do semestre do ano, a jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica na capital foi de 114 horas e 50 minutos, redução de 1 hora e 51 minutos na comparação com o mês de Junho. Em Julho de 2023, quando a jornada foi de 116 horas e 23 minutos, houve redução em 01 hora e 33 minutos neste ano.
Quanto ao comprometimento do salário mínimo líquido4 para aquisição de uma cesta básica houve redução em 0,91 p.p, uma vez que o percentual registrado foi de 56,43% contra 57,34% apontado no mês anterior. Em Julho do ano passado, quando o salário mínimo líquido estava em R$ 1.121,10, o comprometimento da cesta alcançou 57,19%.