InícioCidadesTecnologia: empresa do MS ganha R$ 160 milhões com plataforma digital

Tecnologia: empresa do MS ganha R$ 160 milhões com plataforma digital

Uma empresa de Dourados, a 220 quilômetros da capital Campo Grande, faturou R$ 160 milhões com plataforma digital, classificada como uma empresa “fintech”.

Conhecida como Iugu, a companhia começou na garagem da mãe do fundador, Patrick Negri, em 2012, inspirada no sucesso das big techs Google e Facebook na época.

Após 11 anos, em 2023, a receita da empresa aumentou em 73%, subindo seu faturamento de 93 milhões para 161 milhões de reais.

Esse desempenho assegurou o 8° lugar no ranking Exame Negócios em Expansão, na categoria de empresas com faturamento entre 150 e 300 milhões de reais.

Planejamento e trajetória

Negri teve o objetivo de simplificar processos financeiros e melhorar a eficiência. Com uma carteira de 700 clientes, o foco inicial da empresa foi a automação de cobranças recorrentes das empresas, conforme o site Exame.

No primeiro ano, Negri conheceu Renato Fairbanks, primeiro executivo a investir na empresa. Fairbanks tornou-se presidente em 2020 e Negri ficou como diretor de tecnologia, setor na qual atua até hoje.

Atualmente, conta com diversas empresas como clientes, como Conta Azul, Isaac, Contabilizei, Alice e Pier Seguradora.

A trajetória da Iugu começa com uma demanda do mercado: muitas empresas enfrentavam dificuldades para administrar processos financeiros de maneira eficaz, desperdiçando tempo e recursos.

“Empresas queriam crescer, mas lidavam com obstáculos operacionais devido a processos ineficientes. Nossa missão foi automatizar essas operações e liberar o potencial dos nossos clientes”, afirma Renato Fairbanks, presidente da Iugu.

“Estar no centro onde os investimentos aconteciam foi essencial para o nosso crescimento. O Brasil estava vivenciando uma recuperação no setor de tecnologia, especialmente com o crescimento das soluções baseadas na nuvem”, comenta o executivo após mudar-se para São Paulo em menos de um ano de fundação.

A plataforma de gestão para clínicas odontológicas Clinicorp, por exemplo, conseguiu aumentar em 45% o volume total de transações processadas entre 2023 e 2024, graças à API da Iugu, que automatizou a jornada de venda e cobrança dos clientes da empresa.

A plataforma de conteúdo educacional, Eduzz, é um outro exemplo. Ela necessitava de uma instituição de pagamento regulamentada pelo BC para agilizar a distribuição de pagamentos aos profissionais que geravam conteúdo na plataforma. Após encontrar a Iugu em 2020, manteve parceria com a fintech até atualmente.

O que são fintechs?

Conforme o Banco Central (BC), as empresas fintechs são companhias que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia, com potencial para criar novos modelos de negócios. Atuam por meio de plataformas online e oferecem serviços digitais inovadores relacionados ao setor.

No Brasil, há várias categorias de fintechs: de crédito, de pagamento, gestão financeira, empréstimo, investimento, financiamento, seguro, negociação de dívidas, câmbio, e multisserviços.

Podem ser autorizadas a funcionar no país dois tipos de fintechs de crédito – para intermediação entre credores e devedores por meio de negociações realizadas em meio eletrônico: a Sociedade de Crédito Direto (SCD) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), cujas operações constarão do Sistema de Informações de Créditos (SCR).

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