Após afirmar ter sido pego de surpresa com a pré-candidatura do Tenente Portela, o também pré-candidato pelo PL, Rafael Tavares, mudou o tom. Tavares afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve escolher o candidato para prefeitura de Campo Grande.
“O candidato que o presidente Bolsonaro escolher, terá o meu apoio”, afirmou na tarde desta sexta-feira (10). “Agora tem aí três opções do PL de pré-candidato, eu, deputado João Henrique e o tenente Portela”, lembrou.
O pré-candidato do PL disse que irá seguir os apontamentos do ex-presidente. “Irei cumprir a missão que o nosso presidente Bolsonaro apontar, eu sou só um soldado nessa missão. Nunca foi meu sonho ser pré-candidato a prefeito”, admitiu.
Tavares defende candidatura própria do PL em Campo Grande nas Eleições de 2024. “Eu acho que a gente não pode jamais deixar essa oportunidade passar, a gente precisa ocupar espaço, 2026 a gente precisa estar forte aqui no Mato Grosso do Sul e principalmente em Campo Grande”, disse.
Por fim, reforçou que seguirá as decisões de Bolsonaro. “Irei aí cumprir a missão que o Bolsonaro determinar para mim”, afirmou.
Surpresa
Até então principal nome cotado do PL (Partido Liberal) para a pré-candidatura à Prefeitura de Campo Grande, Rafael Tavares afirmou ter sido pego de surpresa com declarações de Tenente Portela nesta sexta-feira (10).
O presidente do diretório municipal afirmou ao Jornal Midiamax que é o pré-candidato da sigla às Eleições 2024 e que o PL retiraria apoio ao nome de Tavares após insatisfações internas no partido.
“Fui pego de surpresa com essa declaração e não fui comunicado de nenhuma mudança”, disse. Questionado se concorreria à cadeira na Câmara Municipal, o ex-deputado estadual afirmou que segue pré-candidato, contrariando as afirmações de Portela. “Mantenho minha pré-candidatura a prefeito”.
Desgaste não PL
Portela afirmou que o PL passou a ter desgastes desde a confirmação de Tavares como pré-candidato em Campo Grande e que divergências levaram à tomada de decisão.
“Começaram a aparecer certas coisas e houve um desgaste no partido, o que decorreu outros desgastes e que chegaram até o Bolsonaro. Diante disso, houve um descontentamento por parte dele (…) E em torno disso, um grupo de empresários que a gente tem, conversaram comigo e disseram que não acompanhariam o PL nessa situação. Falei com o Bolsonaro que iríamos mudar e coloquei meu nome como pré-candidato. O PL não vai acompanhar o Rafael Tavares. Apesar de suas qualidades, não vai”, disse à reportagem.
Agora pré-candidato, Portela acredita que terá nome homologado em convenção partidáriamas também relatou que não descarta a possibilidade de eventuais coligações, a exemplo do PP (Partido Progressistas), da senadora Tereza Cristina e da prefeita Adriane Lopes, que busca a reeleição ao Executivo da Capital.
“Não estamos também fechando as portas para ninguém, não está fechado as portas. Podemos fazer coligação. Estamos muito próximos do PP e política é diálogo, é conversa. Não descartamos. Outros partidos de direita começaram a nos procurar, mas estamos nessa construção. Mas minha pré-candidatura está mantida”, afirma.