Acordar cedo, ir para o ponto de ônibus e esperar. Esta é a rotina de quem depende do transporte coletivo em Campo Grande. Embora exista cronograma com rota e horário das linhas – divulgado no site do Consórcio Guaicurus – os atrasos são constantes e quem questiona ainda precisa lidar com mais desrespeito. Um motorista teria aconselhado o passageiro a ir de Uber. Isso, depois de ser questionado sobre a demora.
Era 4h40 quando o porteiro Steferson Martins Silva, de 43 anos, chegou ao ponto de ônibus para aguardar o transporte coletivo. O cronograma indicava embarcação às 4h50, no entanto, o atraso foi de quase uma hora.
“O ônibus chegou às 5h40. Esses atrasos são comuns e principalmente nos fins de semana. É complicado porque preciso pegar o ônibus no horário certo para chegar no meu trabalho às 6 horas. Esses dias fui perguntar sobre o atraso e o motorista disse que se eu estava com pressa deveria ir de Uber”, relata.
Steferson conta que tentou denunciar os desrespeitos que ocorrem nos fins semana e os constantes atrasos, mas não conseguiu concluir as reclamações no site do Consórcio Guaicurus. “Não funciona. Só da erro”, afirma.
Reclamações
Infelizmente este não é o primeiro e, muito provavelmente, não será o último relato sobre atraso em linhas de ônibus em Campo Grande. As reclamações sobre o transporte coletivo, são tão constantes quanto os descumprimentos de horários.
No rol de reclamações estão: alto valor da passagem – que atualmente custa R$ 4,75 -; condições dos veículos disponibilizados pela frota; falta de ar-condicionado, atrasos e até mudanças repentinas de rotas.
Vale lembrar que entre março de 2023 e abril de 2024 o Consórcio Guaicurus faturou R$ 195.645.188,20 com o serviço oferecido em Campo Grande, que tem uma das tarifas de transporte coletiva mais caras do país.