O principal suspeito de ter matado a jovem Vitória Conceição, de 23 anos, com um milkshake envenenado, teria usado outras duas pessoas para conseguir entregar a bebida para a vítima.
A mulher morreu nesse domingo (4/8), depois de ter ingerido a bebida e passado mal no último fim de semana. O caso aconteceu em Maricá, na região metropolitana do Rio.
O ex-companheiro da vítima, Deivid Nascimento Santana, foi preso nessa terça-feira (6/8) pelo crime de feminicídio. Conforme a investigação, ele premeditou o crime.
O homem teria comprado a bebida sozinho, mas entregou a um empresário, a quem tinha convencido de contratar a moça para uma faxina com a desculpa de que faria uma surpresa de pedido de casamento a ela.
De acordo com informações do G1, em depoimento, o empresário disse que Deivid se apresentou como “Leandro”. Segundo ele, ao entregar a bebida, pediu: “Leva para ela. É de morango, o que ela mais gosta. Não fala para ela que foi eu que mandei, não”.
Para o delegado responsável pela apuração do caso, Bruno Gilaberte, o crime foi “planejado, premeditado, não foi um crime de ímpeto. Pelo contrário, foi algo pensado, torpe”.
Milkshake envenenado
Ativa nas redes sociais, Vitória chegou a postar uma foto da bebida pela metade. A perícia feita pela polícia vai determinar se era veneno de rato ou não no fundo do copo.
De acordo com os investigadores, primeiro, Deivid chegou sozinho à lanchonete e depois encontrou o homem, a quem pediu que fosse entregar o lanche para Vitória. Como a bebida ficou pronta primeiro, ele deixou o homem esperando batatas fritas e saiu do estabelecimento com o milkshake na mão.
Na ocasião, ele foi sozinho até o local onde ela estava, um sobrado, com a bebida e retornou cinco minutos depois. A testemunha afirmou para a polícia que chegou a vê-lo entrar no imóvel.
A Polícia investiga se Deivid colocou veneno de rato no milkshake neste momento.
A moça deixou um filho de 4 anos. O corpo da vítima foi sepultado na segunda-feira (5/8), em Maricá.
Pedido de socorro contra suspeito
Vitória procurou a polícia há pouco mais de uma semana. À corporação, ela disse que no dia 28 de julho, Deivid invadiu a casa dela em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, armado com uma faca.
Em depoimento, ela contou que estava com o atual namorado dormindo na residência e que o homem acabou ferido no braço, mas que a faca quebrou. Após a invasão, Deivid teria ido em um vizinho e buscado uma foice, mas foi espantado pelo homem, que se meteu na briga.
Na ocasião, Vitória solicitou as medidas protetivas – que foram concedidas pela Justiça. No entanto, ela acreditava que ele não tinha recebido o oficial de justiça para ciência das medidas cautelares e, por telefone, disse que estava na Bahia.
Três dias depois, no dia 31 de julho – cinco dias antes da sua morte –, a jovem voltou à delegacia para denunciar perseguição. A vítima contou que estava recebendo mensagens de diversos números e que acreditava ser o ex, que não aceitava o fim do relacionamento.
FONTE: TOPMIDIANEWS