Os suplentes que estão na disputa pelo cargo do vereador Claudinho Serra (PSDB) preferem manter o silêncio nesta sexta-feira (17) e aguardam manifestação judicial. Três brigam pela vaga do parlamentar afastado da Câmara de Campo Grande.
Dr. Lívio Leite (União Brasil), Delegado Wellington (PSDB) e Gian Sandim (PSDB), entraram na Justiça nesta semana pelo cargo do vereador Claudinho Serra, que pediu afastamento de 120 dias, após ser preso durante a operação Tromper no começo do mês de abril.
Após aguardar por mais de 20 dias uma resposta do Tribunal Regional Eleitoral, o presidente da Câmara de Campo Grande, Carlos Augusto Borges, o Carlão, do PSB, resolveu convocar o suplente mais votado. A posse de Lívio chegou a ser anunciada para esta quinta-feira (16), mas foi barrada horas antes, após Sandim entrar com um mandado de segurança.
Gian Sandim foi o 8º colocado com 1.227 mil votos na suplência tucana das eleições de 2020 e ainda assim conseguiu suspender a posse de Lívio Leite, até então o detentor da vaga de Claudinho. Ele alega que o parlamentar mudou de partido, mesmo sendo durante o período da janela partidária.
Ainda nesta quinta-feira, a briga pela vaga de Claudinho ganhou mais um concorrente. O delegado e ex-vereador Wellington de Oliveira protocolou no TRE-MS um mandado de segurança como interessado em assumir a cadeira do parlamentar tucano.
Nas eleições municipais de 2020, o delegado Wellington recebeu 1.811 votos e terminou a corrida eleitoral como quinto suplente do PSDB.
Já na disputa pela vaga ocupada por Claudinho Serra, ele é o terceiro interessado. Já o presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSDB), afirmou que a análise do recurso sobre o mandado de segurança deve ficar para a próxima semana. “Vou aguardar, semana que vem irei analisar”, promete.
A vaga disputada pertence atualmente ao vereador Claudinho Serra. Ele foi preso em 3 de abril, na terceira fase da Operação Tromper, e foi liberado mediante o uso de tornozeleira eletrônica em 26 de abril.
Claudinho Serra deve ficar fora da Câmara até setembro
Ainda em abril, mais especificamente no dia 30, Claudinho apresentou um atestado de um mês, alegando estar ‘abalado psicologicamente’ e, nesta terça-feira, apresentou um afastamento de mais 120 dias para tratar de ‘interesse particular’.
Conforme o presidente da Câmara de Campo Grande, Carlos Augusto Borges, o Carlão do PSB, o prazo de afastamento começa a contar a partir do dia 30 de maio, data que o parlamentar apresentou o atestado na Casa de Leis. Sendo assim, o tucano deve voltar a comparecer às sessões só no mês de setembro.
Ainda segundo o presidente da Câmara, vale salientar que durante todos os meses de prisão, atestado e afastamento, Claudinho não vai receber remuneração da Casa de Leis e também não pode se afastar novamente já que o limite é de 150 dias, conforme o regimento.