Presidente da Câmara de Campo Grande, o vereador Carlão (PSB) explicou nesta quinta-feira (25) que os suplentes do PSDB que saíram da sigla na janela partidária estão aptos a assumir a vaga do vereador Claudinho Serra (PSDB), preso no último dia 3 de abril durante a terceira fase da Operação Tromper. Isso só aconteceria em caso de renúncia ou decisão judicial, explica o parlamentar.
A consulta feita ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) a pedido do presidente acontece porque diversos suplentes, como Dr. Lívio, Junior Longo, Delegado Wellington, Dr. Antônio Cruz e a Enfermeira Cida Amaral teriam saído do PSDB antes da janela partidária, ficando no PSDB apenas o oitavo suplente tucano, Gian Sandin.
“Primeiro suplemente é o Lívio. Precisa ver se o Lívio saiu na janela. Só fiquei sabendo que ele está no União do Brasil. Mas se ele saiu na janela, a vaga é dele. Porque na janela pode sair”, explica Carlão.
Faltas, renúncia e afastamento
O presidente explica que não chamará de imediato, mesmo após o afastamento previsto no regimento interno, um suplente para o vereador preso porque ele pode conseguir uma liminar e voltar para o cargo. “Se eu chamo o suplemente e afasto ele (Claudinho), ou a Justiça afasta ele do mandato… Eu chamo o suplemente de manhã, à tarde consegue liminar e ele volta ao cargo. Aí o suplemente nem senta na cadeira. Então, primeiro tem que ver a Justiça, aí depois chamar”.
No entanto, caso Claudinho Serra renuncie, o suplente será convocado ‘no mesmo dia’, segundo Carlão.
Consulta
A Câmara de Vereadores de Campo Grande consultou o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) sobre qual suplente poderá assumir a cadeira do vereador Claudinho Serra (PSDB). O parlamentar foi preso em 3 de abril, na terceira fase da Operação Tromper, acusado de ser o mentor de um grupo que desviava recursos da Prefeitura de Sidrolândia.
O vereador tucano pode faltar até dez sessões consecutivas na Câmara, ou seja, até 7 de maio. Assim, o parlamentar detido em Campo Grande por suspeita de chefiar esquema criminoso teria cerca de duas semanas para ganhar liberdade e não perder o cargo no legislativo.
Segundo Carlão, a Mesa Diretora irá afastar Claudinho Serra caso falte a dez sessões. Contudo, reafirmou que a Casa de Leis não é obrigada a convocar o suplente imediatamente, o que pode deixar a cadeira vaga por tempo indeterminado.
A sogra de Claudinho Serra é a prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP). Os escândalos de corrupção envolvendo o Município levaram a Câmara de Vereadores a aprovar, no último dia 23, a abertura de uma comissão processante contra a chefe do executivo.