Há poucas semanas o mundo teve a oportunidade de acompanhar nas Paralimpíadas de Paris 2024 o poder que o esporte tem de mudar trajetórias e evidenciar pessoas com altas habilidades.
Paratletas carregando as mais diversas histórias são fonte de inspiração. Além desses relatos, há histórias bem perto de nós, aqui em Campo Grande, de crianças que veem no esporte oportunidade de inclusão, de autocrescimento e desenvolvimento físico.
É o que acontece com o pequeno Samuel Goulart, de 7 anos. O campo-grandense tem uma doença crônica chamada mielomeningocele, também conhecida como espinha bífida.
O diagnóstico
A mielomeningocele é uma malformação do bebê que afeta a coluna vertebral ou a medula espinhal. Essa é uma malformação congênita complexa e que exige uma série de cuidados.
Assim, diante do diagnóstico, foi recomendado que o pequeno fizesse atividades físicas desde cedo.
“Ele, por recomendação médica, tem que praticar esportes. O primeiro esporte que foi indicado pelo ortopedista foi a natação, e ele se adaptou super bem. Ele faz natação desde os seis meses, hoje já está com sete anos”, conta a mãe de Samuel, Renata Ramos Goulart, de 41 anos.
“Ele já nada uma piscina inteira de 50 metros, então assim, ele vai muito bem, mergulha, se envolve muito bem na natação. Só que ele gosta muito de bola. E ele falou: ‘mãe, eu queria conhecer o basquete’, e recentemente ele pôde conhecer”, relata a mãe.
Neste domingo (29), ele foi uma das pessoas que aproveitou o evento Giro Inclusivo, promovido no Parque Ayrton Senna, para promover práticas esportivas entre PDCs (pessoas com deficiência) e a comunidade.
No basquete, Samuel se encontrou. “Ele amou, está indo super bem porque acho que é muito movimento, muito impacto, bola, adrenalina o tempo inteiro, e isso ele gosta, então ele se encontrou e a gente está embarcando com ele nessa missão”, compartilha Renata.
Envolvido no esporte, a mãe já vê passos futuros que o pequeno poderá tomar em breve.
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