O ‘Cowboy de Aço’ pode ser considerado um dos maiores atletas da história do paradesporto nacional
O sul-mato-grossense Fernando Rufino, natural de Itaquiraí, foi um dos grandes destaques da 13ª edição do Prêmio Paralímpicos, realizado na última quinta-feira (12), no Tokio Marine Hall, em São Paulo. Conhecido como “Cowboy de Aço”, Rufino foi homenageado como o melhor atleta de sua modalidade, a canoagem, após um ano repleto de conquistas.
Aos 39 anos, Rufino consolidou-se como um dos principais nomes do esporte paralímpico brasileiro. Em 2024, ele foi ouro nos 200m VL2 (canoa) tanto nos Jogos Paralímpicos de Paris quanto no Campeonato Mundial da Hungria, reafirmando sua posição de destaque no cenário internacional.
A trajetória do atleta é marcada pela superação. Nascido em Itaquiraí, interior do Mato Grosso do Sul, Rufino cresceu com o sonho de ser peão de rodeio, mas sua vida tomou um rumo inesperado após um grave acidente em que foi atropelado por um ônibus, resultando na perda parcial dos movimentos das pernas. Foi a partir dessa adversidade que ele encontrou uma nova paixão na canoagem e uma forma de seguir competitivo no esporte.
Ao receber o prêmio, Rufino destacou a importância do apoio de sua equipe e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). “Este ano foi muito glorioso. Agradeço minha equipe e o apoio do CPB. Foram vitórias conquistadas com muito investimento para que eu chegasse num nível tão bom. Há muito aprendizado também estar entre os melhores, resultado de muito esforço e muito trabalho.”
Rufino é um exemplo de determinação e orgulho para o estado do Mato Grosso do Sul e para o Brasil. Sua história inspira tanto por suas conquistas esportivas quanto pela resiliência que o transformou em um ícone do paradesporto.
O reconhecimento no Prêmio Paralímpicos 2024
O Prêmio Paralímpicos, organizado pelo CPB e patrocinado pelas Loterias Caixa, é a maior celebração do paradesporto nacional.
Este ano, o evento destacou atletas de 24 modalidades que se sobressaíram nas competições ao longo de 2024, ano em que o Brasil registrou sua melhor campanha na história dos Jogos Paralímpicos, com um recorde de 89 medalhas, incluindo 25 de ouro.
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