Uma sucuri gigante foi avistada no final da tarde desta quarta-feira (25) no Rio Sucuriú, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. O registro mostra a serpente com parte do corpo boiando e a cabeça para fora da água, enquanto se apoiava em galhos nas margens do rio.
Ao G1, Lucas Cabanha, morador da região, contou que estava passeando de barco com a família quando encontrou o animal. Acostumado a observar a fauna local durante pescarias, ele revelou que nunca havia visto uma sucuri tão de perto.
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“Estávamos explorando o rio, um lugar onde frequentemente vejo jacarés, e dessa vez nos deparamos com essa cena impressionante. Sempre quis avistar uma sucuri, e foi emocionante observar de forma segura,” relatou Lucas, destacando que alguns familiares ficaram assustados, mas ele optou por manter distância e admirar o momento.
Alimentação e digestão da sucuri
A presença da cobra foi associada aos animais comuns na região, como capivaras e porcos, que são potenciais presas. As sucuris possuem um processo de digestão que pode durar até um mês, dependendo do tamanho da presa. Durante esse período, elas passam boa parte do tempo submersas para evitar predadores.
A ecóloga e especialista em répteis Juliana de Souza Terra explicou as adaptações anatômicas das sucuris para consumir presas grandes. “Elas possuem mandíbulas flexíveis, que permitem uma abertura impressionante, além de costelas móveis e pele elástica. Algumas espécies conseguem abrir a boca em ângulos de até 180º.”
Sobre a espécie
A sucuri pertence à família Boidae, do gênero Eunectes, sendo encontrada exclusivamente na América do Sul. Com hábitos predominantemente aquáticos, ela pode permanecer submersa por até 30 minutos. Apesar de sua lentidão em terra, a serpente é extremamente ágil na água e tem comportamento mais ativo ao entardecer e à noite.
