Mendonça votou apenas contra a participação de Dino
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta quinta-feira (20) que os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin vão participar do julgamento da denúncia sobre a trama golpista. A sessão será realizada na próxima terça-feira (25).
A Corte rejeitou os pedidos do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos generais Braga Netto e Mário Fernandes para afastar os ministros do julgamento. O placar foi de 9 a 1 contra o impedimento de Moraes e Dino. No caso de Zanin, a decisão foi unânime, com 10 votos a 0.
O único voto favorável ao afastamento foi do ministro André Mendonça. Ele argumentou que Moraes não poderia ser relator da denúncia porque foi vítima da suposta trama golpista.
Mendonça também defendeu o afastamento de Dino. Segundo ele, o ministro entrou com uma ação contra Bolsonaro antes de integrar o STF, o que comprometeria sua imparcialidade.
Já no caso de Zanin, Mendonça entendeu que sua atuação como advogado da campanha de Lula não impede sua participação no julgamento. Por isso, votou pela permanência do ministro na análise do caso.
No mês passado, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, já havia negado o pedido da defesa de Bolsonaro para afastar os ministros. Os advogados recorreram, e o caso foi levado ao plenário.
O julgamento da denúncia será feito pela Primeira Turma do STF, composta por Moraes, Dino, Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Se a maioria aceitar a denúncia, Bolsonaro e os outros acusados se tornarão réus e responderão a uma ação penal.