Durante os três primeiros anos de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve acumular cerca de R$ 324 bilhões em despesas fora das regras fiscais, segundo levantamento da Instituição Fiscal Independente (IFI).
A maior parte foi registrada em 2023, com R$ 241 bilhões, impulsionada pela PEC da Transição e pelo pagamento de precatórios herdados da gestão anterior. O governo alega que os débitos foram adiados pela administração de Jair Bolsonaro.
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Em 2024, os gastos extraordinários recuaram para R$ 33,8 bilhões, com destaque para os recursos destinados à recuperação do Rio Grande do Sul após as enchentes. Neste ano, a estimativa do Ministério da Fazenda é de R$ 49,3 bilhões em despesas fora do teto, sendo R$ 45,3 bilhões apenas em precatórios, que permanecem fora da meta fiscal até 2026, por decisão judicial.
Especialistas alertam que o volume dos gastos, embora legal, prejudica a percepção fiscal do país. O governo mantém a meta de déficit primário zero, mas já registrou um déficit de R$ 11 bilhões em 2024, dentro do limite permitido. Os precatórios devem continuar pressionando o Orçamento até, pelo menos, 2026.
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