A paralisação da Polícia Civil deve continuar em Mato Grosso do Sul, já que a categoria não teria recebido a intimação da Justiça que determina o fim da ação, segundo o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Alexandre Barbosa.
“Assim que formos notificados, iremos acionar o jurídico para contestar o pedido.”, disse Barbosa. Ainda de acordo com Alexandre, a categoria está lutando pelos direitos não só salariais, mas também de condições de trabalho.
Segundo o presidente do Sinpol, 70% dos policiais aderiram à paralisação, que acontece por 12 horas, das 8 horas da manhã às 20 horas e durante a madrugada o atendimento volta normalmente. “A população deve vir até as delegacias depois das 20 horas para o registro de BOs.”, disse Barbosa.
“Uma via de mão dupla, a Justiça precisa provocar o Estado.”, falou Barbosa, que ainda relatou que na noite de terça-feira (1º), não havia um delegado na delegacia do Centro.
Decisão Justiça
Em sua decisão, o desembargador do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), desembargador Nélio Stábile, “a população não poderia sofrer mais prejuízos, a exemplo do que ocorreu quando houve paralisação em 04 e 19 setembro deste ano, ocasião em que foi instaurada mesa de negociações mas, todavia, rejeitadas as propostas apresentadas”.
O desembargador então concedeu tutela de urgência requerida, para o fim de determinar que o Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Mato Grosso do Sul se abstenha de iniciar, dar continuidade ao movimento de paralisação, com imediato retorno aos trabalhos normais, sob as penas da lei.