O presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação), Gilvano Bronzoni, foi o entrevistado do programa “A Pauta é Livre”, do TopMídiaNews. O sindicalista rebateu falas de parlamentares de que há doutrinação em escolas públicas.
Bronzoni se referiu às falas do vereador Rafael Tavares (PL), que afirma haver professores que fazem propaganda e imposição política a alunos, sobretudo a favor do PT. Na visão do presidente da ACP, a fala se dá porque o parlamentar não entende de Educação.
Ainda segundo a entrevista, Gilvano negou esse tipo de comportamento por parte dos docentes e disse: “Não podemos ficar com o prejuízo desse rótulo por causa de algumas pessoas que não entendem de Educação”, disparou Bronzoni ao se referir a Tavares e a membros da direita brasileira.
Gilvano detalhou que cada escola é diferente uma da outra, assim como cada turma é diferente e cada aluno tem sua particularidade. Ele citou estudantes que vivem em situação de pobreza extrema ou vítimas de abusos, sugerindo que qualquer limitação ao docente pode gerar prejuízo à Educação.
Sobre a proposta de instalar câmeras nas salas de aula — outra proposta do vereador Tavares — o dirigente sindical refutou a ideia, mas desafiou propondo que todos os gabinetes dos vereadores também tenham monitoramento.
Em outro momento do bate-papo, o presidente disse que muitos vídeos que circulam na internet com “flagrantes” de suposta doutrinação são frutos de gravações escondidas e editadas antes de serem viralizadas nas redes sociais. “Eu desafio qualquer um a mostrar que isso existe”, desafiou Bronzoni.
O presidente da ACP garante que limitações à docência vão gerar professores preocupados com ataques, estigmatizações e, consequentemente, doentes. “Daqui a pouco não teremos gente para dar aula”, refletiu.