Após o incêndio que destruiu o Shopping Popular de Cuiabá, os 600 lojistas vão utilizar a área do campo de futebol do Complexo Dom Aquino para continuar comercializando seus produtos.
A sugestão foi apresentada pelo Executivo Municipal e acatada pelas comerciantes. Como símbolo de resiliência, após reunião na manhã desta terça-feira (16), os comerciantes abraçaram o espaço onde o maior centro comercial do estado foi construído há 29 anos.
“A união da comunidade mostrou que esse espaço é abençoado e está pronto para ressurgir das cinzas. Continuaremos dando exemplo para o Brasil sobre como superar desafios, recomeçar e promover o empreendedorismo. A força e a determinação dos comerciantes são evidentes, e eles estão motivados a reerguer o Shopping Popular, sabendo que contam com o apoio da sociedade cuiabana e de todo o país”, declarou Misael Galvão, presidente da Associação do Shopping Popular.
Quanto à limpeza da área em ruínas, o secretário municipal de Obras Públicas, José Roberto Stopa, reforçou o compromisso da Prefeitura de Cuiabá.
“No primeiro momento, será necessário abrir espaço para apagar os focos restantes. Num segundo momento, será a retirada de todo o entulho, que é uma tarefa mais pesada. Estamos preparados e aguardando a liberação. A prefeitura já assumiu o compromisso com a associação de retirar tudo, pois nada se aproveita”.
Medidas
Ainda nesta segunda-feira, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, anunciou o trabalho conjunto do Cuiabanco e Desenvolve MT para maior assertividade na concessão de linhas de crédito e a cessão do espaço do Complexo Dom Aquino para a reabertura, em caráter temporário, de um centro comercial.
A Secretaria de Ordem Pública irá auxiliar no processo de legalização das empresas e fornecer a documentação necessária para viabilizar as possibilidades de crédito, além de garantir a segurança do local.
Já a Limpurb (Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos) e a Secretaria de Obras Públicas, mediante liberação do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, irão atuar imediatamente para liberar a área e manter a limpeza e a ordem pública.
O centro de compras popular beneficiava cerca de 600 famílias, gerando mais de três mil empregos diretos e indiretos.
Também será implementado um protocolo de apoio psicossocial específico por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência, uma proposta sugerida pela primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro.
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