Com reestruturação no valor de R$ 2 milhões, laboratório é o único de Mato Grosso do Sul a ter nível de biossegurança 3
O Biotério Central da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) foi reinaugurado nesta quinta-feira (18), quatro anos após ser contemplado com o edital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Os investimentos são de R$ 2.017.426,00.
A reestrutuação conta com novos equipamentos que devem auxiliar na manutenção e manipulação de animais de laboratório como o gambá, infectados com patologias de alto risco e utilizados para auxiliarem na pesquisa de doenças como covid-19, tuberculose e a brucelose .
Com a reformulação, o espaço de pesquisas se torna o primeirto de Mato Grosso do Sul a possuir “nível de biossegurança 3”, padrão reconhecido internacionalmente e que oferece um ambiente mais seguro para quem trabalha direto com agentes infecciosos e potencialmente perigosos.
Segundo a responsável técnica pelo biotério, Telma Bazzano da Silva, o laboratório permite o conhecimento de diferentes patógenos causadores de doenças infecciosas de interesse em saúde humana e animal.
“Essa estrutura permitirá pesquisas tanto em modelos animais quanto em modelos em vitrocontribuindo significativamente para o progresso e inovação das pesquisas de nosso Estado e das regiões próximas”, afirma.
O espaço possui uma área biocontida de 40 metros quadrados, equipada com alta tecnologia de automação para controle e monitoramento ambiental, garantindo segurança para os usuários, a comunidade e o meio ambiente.
A estrutura segue as recomendações de bem-estar animal e biossegurança do CTNBio (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal e às diretrizes da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança).
Menos contaminação
O nível de segurança bio 3, ou Biosafety Level 3 (BSL-3), é um conjunto de práticas e precauções estabelecidas para laboratórios que lidam com agentes patogênicos e que podem causar doenças sérias em seres humanos, mas que geralmente não são transmitidos por via aérea.
- Condições Controladas: Para garantir a qualidade e a integridade dos dados experimentais, os biotérios oferecem condições ambientais rigorosamente controladas, como temperatura, umidade, ciclo de luz e ventilação. Essas condições são mantidas para minimizar variáveis externas que possam interferir nos experimentos;
- Bem-Estar Animal: Há um foco significativo no bem-estar dos animais alojados no biotério. Isso inclui proporcionar alimentação adequada, monitoramento de saúde, cuidados veterinários regulares e alojamento confortável, de acordo com diretrizes éticas e regulamentações internacionais;
- Controle Sanitário: Os biotérios implementam medidas rigorosas de biossegurança para evitar a contaminação cruzada entre animais e a disseminação de patógenos que poderiam comprometer os resultados dos experimentos ou representar riscos para os humanos que trabalham no ambiente;
A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Maria Ligia Rodrigues Macedo, explicou que o laboratório não se limita apenas ao trabalho com vacinas e doenças emergentes.
“(O NB3) permite a gente fazer novos fármacos, novos produtos, trabalhar com iniciantes. Permitir iniciantes e empresas inovadoras possam fazer seus modelos pilotos em um ambiente necessário, onde os animais daqui vão sendo mais selecionados para determinado tipo de câncer, determinado tipo de resistência antimicrobiana. Toda a parte da inovação vai ser gerada, feita e executada aqui. Possibilita que empresas, iniciantes e indústrias comecem a fazer suas experiências no local”.
Sobre o Biotério
Com 30 anos de existência, o Biotério produz, atualmente, há oito linhagens estabelecidas, sendo uma de rato, quatro de camundongos, hamster gerbil e gambá.
*Com informações da assessoria
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