Medida une diversos setores, para movimentar a economia e conservar o meio ambiente ao mesmo tempo
Durante a Semana Mundial do Meio Ambiente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reforçou uma série de medidas, que visam aliar economia com meio ambiente. Uma dessas iniciativas é o departamento do Mapa, dedicado ao reflorestamento e à recuperação de áreas degradadas, sendo Mato Grosso do Sul, um dos estados que já possui esse incentivo.
O Mapa destaca que o “trabalho do setor de árvores cultivadas destaca-se como uma importante atividade sustentável”, aliando a produção e a conservação ambiental e reforça que esses esforços são direcionados para o desenvolvimento econômico e social do país.
“O manejo florestal, realizado de maneira eficiente, é capaz de promover reflorestamento em áreas degradadas e a conservação da biodiversidade, uma vez que contribui para a preservação de nascentes do solo e do clima, especialmente na transição para uma economia de baixo carbono”, pontua o Mapa em seu site.
No Estado, além dos investimentos para tornar MS neutro em carbono até 2030, o titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, em entrevista ao Valor Econômico, aponta que Mato Grosso do Sul viverá nos próximos anos, no foco do setor da celulose, devido aos recursos hídricos e áreas aptas para o plantio.
“Ao menos 7 milhões de hectares com baixo teor de argila e já degradados, porque foram pastagens, que podem receber mais plantio de eucalipto. A meta é chegar a 2025 com 2 milhões de hectares plantados de eucalipto, superando minas Gerais na liderança da área cultivada”, relata Verruck na reportagem.
INICIATIVAS
Para atingir essa meta, um dos aliados é o Senar, que possui cursos de florestas plantadas, que atua não só na parte da implementação desse tipo de cultura, mas também no manejo correto do solo, cursos de integração, gestão de negócios, entre outras iniciativas que visam auxiliar o produtor rural a realizar esse tipo de cultura, de forma mais ampla e capacitada.
Alguns desses cursos são ministrados presencialmente no Sindicato Rural de Campo Grande, que faz a ponte entre o produtor rural e o conhecimento necessário para aliar produção e conservação ambiental.
“O setor de florestas plantadas desempenha importante papel no panorama do agro atual. Contribui para a diversificação das atividades no campo, e fornece uma base sólida para o desenvolvimento sustentável. Os proprietários rurais têm à sua disposição diversas fontes para promover esse desenvolvimento, como por exemplo, através de práticas de manejo florestal sustentável, investimentos em tecnologias modernas, como drones e sistemas de monitoramento”, comenta Alessandro Coelho, presidente do Sindicato Rural de Campo Grande
Uma outra iniciativa foi assinada pela empresa Bracell, do grupo RGE e o governo do Estado, em agosto do ano passado. A empresa se compromete a conservar ou restaurar um hectare de floresta nativa para cada um hectare plantado de eucalipto até 2025.
Chamado de “Compromisso Um para Um”, a iniciativa vai beneficiar o Parque Estadual do Prosa e o Parque Estadual das Matas do Segredo, ambos em Campo Grande; o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari, rio que deságua na planície pantaneira, em Costa Rica e Alcinópolis; e o Parque Natural Municipal do Pombo, na divisa de Três Lagoas e Água Clara.
Já a empresa sul-mato-grossense, MS Florestal, que também faz parte do Grupo RGE, e tem ênfase na silvicultura, possui ações não apenas voltadas para o ramo empresarial, mas também, para a comunidade, como ações em escolas da zona rural de Água Clara, Bandeirantes e Ribas do Rio Pardo, no qual foram distribuídas 500 mudas de árvores nativas e frutíferas, que serão plantadas pelos alunos das unidades.