A Constituição Federal garante: educação é direito de todos. No entanto, com sistema educacional público abarrotado de alunos, que em muitos casos somam além da capacidade ofertada, na prática, essa garantia acaba negligenciada. Esse é o caso de uma dona de casa que há três meses se mudou com a família para Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande. Desde que chegou à cidade – que é uma das maiores de Mato Grosso do Sul -, ela espera pela oportunidade de matricular o filho de 8 anos na escola.
O menino precisa de vaga no 2º ano do Ensino Fundamental. O pedido de matrícula foi realizado no dia 24 de abril, mas quase três meses se passaram, o primeiro semestre do ano letivo de 2024 está no fim, e a mãe continua a espera de vaga. Enquanto isso, o garoto perde um dos bens mais valiosos: o aprendizado.
Impedido de participar das aulas por não estar matriculado, o menino corre o risco de perder o ano letivo.
“Essa é uma das minhas maiores preocupações. Não sei o que vai acontecer. Eu tenho ensinado em casa da forma que posso porque não tenho formação para isso. Ensino para ele não perder tanto, mas isso não garante as provas que ele não pôde fazer”, lamenta a mãe.
À reportagem do Jornal Midiamaxa mãe diz que o filho é diagnosticado com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). O ideal, segundo consta em observação no laudo clínico, é que o menino receba aprendizado com acompanhamento especial. No entanto, para que o filho siga com os estudos, a mãe ressalta: “qualquer vaga que surgir já seria ótimo. Ele precisa estudar”.
Procurada pela equipe de reportagem do Jornal Midiamaxa assessoria de comunicação da Prefeitura de Dourados disse apenas que a Semed (Secretaria Municipal de Educação) fará contato com a mãe e não respondeu às perguntas sobre a solicitação de matrícula.
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