Na tarde desta quinta-feira (7), moradores e comerciantes do bairro Carandá Bosque enfrentaram transtornos após um caminhão-cegonha atingir a fiação de energia no cruzamento da Rua Antônio Teodorowick com a Avenida Mato Grosso. O acidente, que envolveu um caminhão carregado com caminhonetes Toyota Hilux, causou interrupções de energia na região e gerou preocupações quanto às perdas de mercadorias e impacto nas atividades do comércio local.
O caminhão estava a caminho de uma entrega para a concessionária Águas Guariroba, mas, segundo informações, o destino correto da entrega seria a unidade localizada na BR-262. A confusão ocorreu após um erro de logística, pois a entrega se dirigia para a unidade localizada na Rua Antônio Maria Coelho. O veículo, ao subir pela Rua Antônio Teodorowick, acabou derrubando a fiação e entortando um poste, gerando o apagão. No impacto, o capô de uma das caminhonetes foi arrancado, e o painel foi avariado.
Relatos de moradores e comerciantes demonstram transtornos causados pela falta de energia, especialmente em um momento de alta demanda no comércio. A falta de energia afetou diversos estabelecimentos e gerou preocupação, principalmente quanto à preservação de produtos perecíveis.
Até o momento, equipes de manutenção estão no local para restabelecer o fornecimento de energia. Contactada, a concessionária de energia Energisa afirmou que o serviço está sendo realizado para ser concluído o mais breve possível e seguindo os protocolos de segurança. Não há ainda previsão de reestabelecimento, considerando o grande número de fios e postes que foram danificados no acidente, o que torna o reparo de alta complexidade.
Moradores e comerciantes preocupados
Na farmácia da região, que depende de refrigeradores para armazenar medicamentos, o problema é significativo. “Os medicamentos precisam de energia porque são refrigerados e aguentam até um certo tempo sem energia. Como é começo de mês, que são os primeiros dias para vender, fica tudo parado. Como é uma farmácia de rede, precisa ficar tudo registrado”, destacou a atendente.
Para tentar manter as atividades, um restaurante japonês, que abre as 18 horas, adotou luzes de emergência e lanternas. “A gente, a princípio, não vai parar o funcionamento, acendendo luz de emergência e lanternas de celulares para trabalhar normalmente. O medo é perder os produtos, porque são resfriados. Estamos colocando os estoques em alguns freezers para não perder. Se a energia não voltar, os atendimentos serão interrompidos”, relatou um funcionário.
Já Pedro Lopes, de 19 anos, funcionário de uma conveniência, mencionou que algumas bebidas ainda estão geladas, mas que o estoque resfriado está comprometido. “Ainda tem algumas bebidas geladas, mas estamos avisando os clientes que pode estar natural. O fluxo de cliente foi interrompido por conta da interdição”, disse.
Já para moradores, a queda de energia impacta no na rotina doméstica. A moradora Aline Cardoso, 30 anos, comentou o caso. “As crianças estão na rua porque não tem energia para assistir. Mais à noite vai ser ruim, tomar banho na água gelada fica difícil, mas fora isso tá tranquilo.” Ela relatou ainda que essa é a quarta vez que algo parecido acontece na região, mas que, desta vez, os danos foram maiores.
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