A pecuária de corte enfrenta um desafio crescente com o aumento do furto e roubo de animais nas propriedades rurais. Com muitas fazendas distantes de centros urbanos e áreas extensas, os criminosos encontram oportunidades para agir, explorando falhas de segurança. O gado, sendo um ativo de alto valor, é um alvo atrativo, e os roubos podem envolver dezenas de milhares de animais anualmente.
Para combater essa situação, algumas iniciativas estão sendo tomadas. No Rio Grande do Sul, por exemplo, foi criada uma delegacia especializada em crimes rurais e de abigeato. Entretanto, Guilherme Vianna, gerente de negócios da Belgo Arames, destaca que a segurança pública é uma responsabilidade compartilhada entre o Estado e os pecuaristas. Assim, os produtores devem adotar medidas de proteção para minimizar os prejuízos.
Entre as recomendações estão a formação de grupos de comunicação com vizinhos para monitorar atividades suspeitas e o fortalecimento do cercamento da propriedade, utilizando arames lisos, farpados ou cercas elétricas. Além disso, a tecnologia pode ser uma aliada na segurança do rebanho. A startup Instabov, por exemplo, desenvolveu um colar com GPS que permite monitorar a localização e o comportamento dos animais em tempo real. Por meio de um aplicativo, os pecuaristas recebem atualizações frequentes, o que possibilita ações rápidas em caso de incidentes.
Essas medidas não apenas ajudam a prevenir o furto de gado, mas também melhoram a gestão do rebanho, promovendo uma maior segurança no campo.