Reajuste previsto no PLDO representa aumento nominal de 7,37% sobre o valor atual de R$ 1.518.
O salário mínimo em 2026 deverá ser de R$ 1.630, conforme previsão do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) enviado nesta terça-feira (15) pelo governo federal ao Congresso Nacional. O valor representa um aumento nominal de 7,37% em relação ao piso atual, que está em R$ 1.518.
Cálculo considera inflação e teto do arcabouço fiscal
O reajuste segue a fórmula que considera a projeção de 4,76% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais o limite de 2,5% de crescimento real acima da inflação, estabelecido pelo arcabouço fiscal. Essa metodologia passou a vigorar em 2023, após o retorno da política de valorização do salário mínimo, que havia sido adotada entre 2006 e 2019.
Projeções para os próximos anos
Além do valor estimado para 2026, o PLDO também apresenta projeções preliminares para os anos seguintes, que poderão ser revistas nos próximos ciclos orçamentários:
- 2027: R$ 1.724
- 2028: R$ 1.823
- 2029: R$ 1.925
Limite de crescimento impacta valorização
Pela regra tradicional, o salário mínimo poderia crescer 3,4% acima da inflação, considerando o crescimento do PIB de dois anos anteriores. No entanto, com a implementação do novo arcabouço fiscal, o reajuste foi limitado a 2,5% de ganho real, como forma de controlar os gastos públicos.
Efeito no orçamento público
Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo representa impacto de cerca de R$ 400 milhões no orçamento. Isso ocorre porque diversos benefícios e programas sociais estão vinculados ao valor do mínimo, como:
- Previdência Social
- Abono salarial
- Seguro-desemprego
- Benefício de Prestação Continuada (BPC)
Na Previdência, a estimativa é de alta de R$ 115,3 bilhões nas despesas e ganhos de R$ 71,2 bilhões em arrecadação.