Campo Grande mais uma vez amanheceu tomada pela fumaça neste sábado (14). Mas, diferentemente do dia anterior, quando a cidade registrou a pior qualidade do ar desde que começou do monitoramento, em 2011, desta vez o céu também está encoberto por nuvens, que já trouxeram chuvas no começo da manhã ao extremo sul e ao sudoeste de Mato Grosso do Sul.
E, conforme imagens de satélite disponibilizadas pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), boa parte do Pantanal será contemplado por pancadas de chuva neste sábado. Mas, esta chuva, assim como das vezes que ela veio em agosto, está chegando do lado boliviano, por meio dos chamados rios voadores.
No extremo sul, em Sete Quedas, a precipitação até sete horas deste sábado já estava em 13 milímetros, e continuava garoando. Em Amambai, um pouco mais ao norte, eram apenas 0,2 milímetros.
Em Porto Murtinho, às margens do Rio Paraguai e região que já é pantaneira, o acumulado estava em 1,6 milímetro. Nuvens densas ainda estavam sobre a região, indicando que ao longo do dia haveria mais chuva.
Na estação meteorológica do Inmet de Jardim, o acumulado até sete da manhã deste sábado chegava a 5,6 milímetros e a garoa persistia em toda a região. Esta mesma onda chegou até Miranda, já na região central do Pantanal. Até o começo da manhã eram apenas 0,2 milímetros.
Mas, as imagens do satélite do Inmet apontavam que as nuvens procedentes da Bolívia poderiam trazer chuva para boa parte da região pantaneira, inclusive para a região urbana de Corumbá e as imediações da Serra do Amolar, que fica ao norte da cidade.
A má notícia é que, segundo o Inmet, esta chuva dificilmente chegará à região central do Estado, onde está Campo Grande, que nesta manhã de sábado amanheceu com umidade do ar em 67%. Isso é dez pontos percentuais a mais que em igual horário do dia anterior. Conforme o instituto Climatempo, existe possibilidade de garoa no domingo e na segunda-feira, mas o volume, somando os dois dias, é de apenas 6 milímetros na Capital.
Ela também deve ficar longe da região norte e de toda a faixa leste de Mato Grosso do Sul, uma das mais castigadas pela estiagem, já que as pancadas de agosto também não chegaram a cidades como Três Lagoas, Chapadão do Sul, Cassilândia e Costa Rica.
CORREIO DO ESTADO