A Rússia e a Ucrânia trocaram acusações em Haia sobre usar toxinas proibidas no campo de batalha, disse uma autoridade nesta terça-feira (7).
A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) disse que as acusações foram “insuficientemente fundamentadas”, mas acrescentou: “A situação permanece volátil e extremamente preocupante em relação ao possível ressurgimento do uso de produtos químicos tóxicos como armas.”
Nem a Rússia, nem a Ucrânia pediram formalmente à OPAQ para investigar o suposto uso de armas químicas, disse a organização.
Na semana passada, os EUA disseram que a Rússia violou a proibição internacional de armas químicas supervisionada pela OPAQ, implantando o agente asfixiante chloropicrin contra as tropas ucranianas e usando agentes de controle de motins “como um método de guerra” na Ucrânia.
A acusação americana vem após relatos em abril de autoridades ucranianas de que a Rússia aumentou seu uso de gás lacrimogêneo nas trincheiras.
A Rússia negou alegações de violação da Convenção sobre Armas Químicas.
Em documentos publicados no site da OPAQ, Moscou acusou Kiev de usar “uma ampla gama de produtos químicos tóxicos contra militares russos e funcionários públicos”, incluindo fertilizantes, pesticidas e outras toxinas proibidas.
Autoridades ucranianas nesta terça-feira (7) não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
A OPAQ disse que está monitorando a situação desde fevereiro de 2022, quando Moscou invadiu a Ucrânia.
Sob a Convenção sobre Armas Químicas, qualquer produto químico tóxico usado com o propósito de causar danos ou morte é considerado uma arma química.
“É contra a Convenção usar agentes de controle de motins em guerra no campo de batalha. Se usados como método de guerra, esses agentes são considerados armas químicas e, portanto, são proibidos pela Convenção”, disse a OPAQ.