Relatório divulgado do projeto Rotas de Integração Sul-Americana prevê 21 obras de infraestrutura em Mato Grosso do Sul.
O projeto tem como objetivo promover a integração logística entre os países da América do Sul, facilitando o comércio e o fluxo de mercadorias.
Entre as iniciativas do projeto que envolvem o Estado de Mato Grosso do Sul estão a construção de trechos da BR-419/MS até a relicitação do trecho norte da BR-163/MS, chamado de “Rota do Pantanal”.
A extensão desta estrada tem a importância de contribuir para melhorar a logística regional de escoamento da produção agrícola, especialmente de soja e milho, contribuindo para o desenvolvimento regional do Centro-Oeste.
No segmento de hidrovias, o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) do Governo Federal destaca as obras de dragagem do Tramo Norte do rio Paraguai. Situado entre os municípios de Cáceres (MT) e Corumbá (MS), que tem 700 quilômetros de extensão, e, atualmente, é utilizado por embarcações pequenas, de turismo e pesca.
O trecho é sinuoso e estreito, dificultando a navegação de embarcações maiores, com grãos, minérios e fertilizantes. Com a dragagem, a via poderia ser utilizada por barcaças maiores, em acesso aos portos marítimos de Argentina e Uruguai.
Em ferrovias, o principal projeto no Estado envolve a Nova Ferroeste, uma extensão da antiga Estrada de Ferro Paraná Oeste.
O novo projeto tem a finalidade de conectar o Paraná com o Mato Grosso do Sul, passando pelos municípios de Amambaí (MS), Dourados (MS) e Maracaju (MS). Há previsão de outro trecho até Foz do Iguaçu-(PR) e Chapecó-(SC), possibilitando futuras conexões com Argentina, Paraguai, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O relatório cita também projetos em aeroportos, como os de Ponta Porã, Dourados, Corumbá e Campo Grande.
INVESTIMENTOS
De acordo com o Ministério do Planejamento e Orçamento 190 obras fazem parte do projeto Rotas de Integração Sul-Americana, que tem apoio da Casa Civil e dos ministérios dos Transportes, de Portos e Aeroportos (MPOR), de Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e de Comunicações (MC).
O grande pacote de integração conta com 65 rodovias federais, 40 hidrovias, 35 aeroportos, 21 portos, 15 infovias, nove ferrovias e cinco linhas de transmissão de energia elétrica.
Essas 190 obras contemplam desde investimentos diretos do governo federal a concessões ao setor privado.
Dentro do MPO, o projeto é coordenado pela Secretaria de Articulação Institucional (SEAI), a partir da escuta ativa dos 11 Estados de fronteira no Brasil e dos países sul-americanos.
São cinco as Rotas de Integração Sul-Americana, programa que é liderado pela ministra Simone Tebet:
Rota 1: Ilha das Guianas (Roraima, Amazonas, Pará e Amapá — Guiana Francesa, Suriname, Guiana e Venezuela)
Rota 2: Amazônica (Amazonas — Colômbia, Peru e Equador)
Rota 3: Quadrante Rondon (Acre, Rondônia e Mato Grosso — Peru, Bolívia e Chile)
Rota 4: Bioceânica de Capricórnio (Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina — Paraguai, Argentina e Chile)
Rota 5: Bioceânica do Sul (Santa Catarina e Rio Grande do Sul — Uruguai, Argentina e Chile)
CORREIO DO ESTADO