InícioCidadesRota Bioceânica pode transformar Dourados em novo polo logístico, apontam especialistas

Rota Bioceânica pode transformar Dourados em novo polo logístico, apontam especialistas

Rota Bioceânica pode transformar Dourados em novo polo logístico, apontam especialistas

O impacto da Rota Bioceânica na economia da região de Dourados foi o tema central da 4ª Conexão para Transformar o Território da Grande Dourados, realizada nesta sexta-feira (12) no Sebrae. O evento, promovido pela Agência de Desenvolvimento ‘Celeiro do MS, destacou as oportunidades de negócios que surgirão com a nova rota, que ligará o Brasil ao Oceano Pacífico por meio do Paraguai, Argentina e Chile.

Com a previsão de crescimento do setor logístico, a expectativa é que grandes empresas se instalem na região, facilitando o escoamento da produção agrícola e impulsionando a industrialização. Além disso, a nova rota abre portas para o comércio internacional, conectando Mato Grosso do Sul a mercados estratégicos como a Ásia, especialmente a China.

Empresários, representantes do setor público e especialistas participaram das discussões, destacando os benefícios que o novo corredor logístico pode trazer para o desenvolvimento local.

Especialistas presentes no evento reforçaram que a infraestrutura das rodovias está sendo aprimorada e que a previsão é de que a ponte sobre o Rio Paraguai em Porto Murtinho, peça-chave para a viabilização da rota, fique pronta em 2026. A partir daí, o fluxo comercial pela nova conexão deve ganhar força, tornando a região um polo logístico estratégico.

Em entrevista ao Dourados NewsRodrigo Jeferson Trambuch, presidente da Agência de Desenvolvimento Celeiro MS, afirmou que o objetivo do encontro é preparar o setor empresarial da região para aproveitar as novas oportunidades que surgirão com o corredor logístico, já que a rodovia BR-267, eixo da Rota Bioceânica em Mato Grosso do Sul, liga Maracaju à BR-163, passando por cidades estratégicas na produção para a economia estadual, como Dourados.

“Acreditamos que nossos empresários vão poder aproveitar essas oportunidades, pois a rota vai proporcionar um ambiente de negócios favorável à inovação. Nosso objetivo é informar e capacitar para que todos estejam prontos para esse novo cenário”, destacou Rodrigo.

Ele ressaltou que a infraestrutura logística do Estado tende a crescer significativamente, com a expectativa da chegada de grandes empresas do setor à região.

“A Rota Bioceânica facilitará o escoamento da produção agrícola e acelerará a industrialização, que já vem avançando em Mato Grosso do Sul”, afirmou.

Oportunidades internacionais

Um dos convidados do evento foi Fábio Roberto Cordeiro, gestor de negócios internacionais da Corporación Regional de Desarrollo Tarapacá, do Chile, que apresentou as possibilidades de comércio internacional proporcionadas pela Rota Bioceânica.

“Na região de Tarapacá, no norte do Chile, há um ecossistema logístico consolidado, com aeroporto internacional, porto e a Zona Franca de Iquique, que existe há 50 anos e abriga mais de 2 mil empresas, sendo mais de 50% estrangeiras e delas 30% são chinesas”, explicou.

Ele destacou que, até o momento, não há empresas brasileiras estabelecidas na Zona Franca, o que representa uma grande oportunidade para empresários do Brasil expandirem seus negócios.

“Temos um mercado internacional promissor, especialmente voltado para a Ásia, com foco na China, que é nosso principal parceiro comercial”, acrescentou.

Infraestrutura e prazos para a Rota Bioceânica

A delegada da Comissão de Logística e Obras Públicas da Rota Bioceânica, Rafaela Capelari, abordou os desafios logísticos e o cronograma do projeto.

Para ela, a região da Grande Dourados poderá se tornar um importante polo de logística e infraestrutura.

“Temos muito a explorar nesse setor, principalmente com Dourados se consolidando como um hub logístico, ou seja, espaço localizado estrategicamente para a realização de operações logísticas”, afirmou.

Sobre a previsão de funcionamento pleno da rota, Rafaela explicou que o prazo ainda é incerto, pois depende de diversos fatores.

“A conclusão da ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho, está prevista para 2026. A partir disso, as operações começam a ganhar forma, mas ainda será necessário estruturar processos aduaneiros e ajustes logísticos”, disse.

Ela reforçou que o Governo de Mato Grosso do Sul está investindo na melhoria da infraestrutura viária para garantir maior fluidez no escoamento da produção estadual.

“Estamos trabalhando para que as rodovias do Estado estejam preparadas para essa nova realidade”, finalizou.

Fonte: Dourados News

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