Acre vive situação de emergência devido a fortes chuvas que atingem o estado desde meados de fevereiro
O Governo do Acre informou nesta segunda-feira (4) que o nível do Rio Acre na capital do estado, Rio Branco, chegou à marca de 17,75 metros. De acordo com o Executivo local, essa é a segunda maior enchente do rio registrada na história da capital.
O Acre enfrenta uma crise devido a fortes chuvas que atingem o estado desde meados de fevereiro. O fenômeno fez com que o governador Gladson Cameli (PP) decretasse situação de emergência em 19 dos 22 municípios acreanos.
O decreto é válido por 180 dias e as localidades que estão em situação de emergência são Assis Brasil, Brasileia, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Tarauacá, Xapuri, Manoel Urbano e Rodrigues Alves.
Segundo o Governo do Acre, nas 13 cidades em que a situação está mais crítica, há 91 abrigos públicos atendendo 9.516 pessoas desabrigadas. Ainda há 16.933 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos. Além disso, em Cruzeiro do Sul, 12 mil pessoas foram atingidas pela cheia do Rio Juruá.
Confira as máximas do Rio Acre na capital do estado:
1º) 18,40m – 4 de março de 2015
2º) 17,75m – 4 de março de 2024
3º) 17,72m – 3 de abril de 2023
4º) 17,68 m – 3 de março de 2024
5º) 17,66m – 14 de março de 1997
6º) 17,60m – 25 de fevereiro de 2012
7º) 17,11m – 17 de fevereiro de 1988
8º) 17,01m – 12 de março de 2014
9º) 16,90m – 26 de dezembro de 1978
10º) 16,86m – 4 de abril de 1974
Ajuda do governo federal
Uma comitiva do governo federal chega nesta segunda-feira (4) ao Acre, estado que foi fortemente atingido por enchentes. O anúncio foi feito pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, no último sábado (2), por meio de uma postagem em uma rede social.
“Conforme determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na próxima segunda-feira, irei ao Acre, numa força-tarefa para assistência à população atingida pelas enchentes. Além do MIDR [Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional], os Ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, da Saúde, do Desenvolvimento Agrário e da Defesa participam do grupo”, postou o ministro.
Segundo Waldez Góes, equipes da Defesa Civil atuam no Acre auxiliando prefeituras e o governo do estado a preparar planos de trabalho para a liberação de recursos federais para ações de assistência, restabelecimento e reconstrução.
Na última quarta-feira (28), o então presidente em exercício, Geraldo Alckmin, conversou por telefone com o governador Gladson Cameli e com o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, para tratar de “assistência emergencial humanitária”, conforme nota divulgada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
Além disso, desde o início das enchentes, o Exército tem concedido apoio ao Acre com emprego de pessoal, viaturas, embarcações e aeronaves militares para atender os atingidos. Cerca de 2.179 pessoas foram assistidas com ações da instituição. Desse quantitativo, 1.041 são de etnias indígenas.
Acre enfrenta situação de emergência devido a chuvas
DHÁRCULES PINHEIRO/SEJUSP-AC – 3.4.2024