Em julho de 2024, para adquirir os produtos da cesta básica na Capital era necessário trabalhar 114 horas e 50 minutos, menos que em junho, quando o tempo estimado ficou em 116 horas e 41 minutos
A cesta básica comercializada em Campo Grande ficou 5,54% mais cara entre julho de 2023 e julho de 2024. Vendida a R$696,15 no ano anterior, passou a custar R$736,98 neste ano e compromete 56,43% do salário mínimo. O balanço foi divulgado hoje (6), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O aumento no valor da cesta básica foi observado em 11 cidades, com destaque para as variações de Goiânia (5,82%), e São Paulo (5,17%). Em contrapartida, entre as seis localidades com redução nos preços, sobressaem Recife (-7,47%) e Natal (-6,28%).
Já nos primeiros sete meses de 2024, 15 cidades tiveram elevação nos preços médios, com variações entre 0,06%, em Belo Horizonte, e 7,48%, em Fortaleza, neste quesito, a Capital aparece com 5,63%. As diminuições ocorreram em Brasília (-0,63%) e Vitória (-0,06%).
Por fim, na variação mensal entre junho e julho, todas as 17 capitais tiveram queda no valor da cesta básica, Campo Grande com -1,59%. Confira:
Cesta básica X Salário médio
Com base no valor da cesta básica no mês de julho e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Segundo o economista Miguel Lucasse o salário mínimo está aquém desse valor, isso indica uma situação de vulnerabilidade econômica, onde muitos trabalhadores podem ter dificuldades para cobrir suas necessidades básicas.
“O “salário ideal” é frequentemente calculado com base na cesta básica e nas despesas adicionais necessárias para uma vida digna. Esse valor pode variar dependendo da região e do custo de vida local. Em geral, deve-se considerar não só o custo da cesta básica, mas também outras despesas, como aluguel, transporte e educação, para ter uma visão mais completa”, informa.
Lucas ainda ressalta que caso haja inflação, o impacto sobre o poder de compra pode ser ainda mais pronunciado, tornando o déficit mais crítico, pois a inflação pode reduzir o poder de compra do salário atual. Com a inflação alta e os salários não acompanhando, o poder de compra real diminui, e o salário atual pode não ser suficiente para cobrir o custo de vida
Em julho de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica na Capital foi de 114 horas e 50 minutos, menor que em junho, quando ficou em 116 horas e 41 minutos.
No âmbito nacional, em julho de 2023, a jornada média foi de 111 horas e 08 minutos. Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Socialindica que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em julho de 2024, 51,66% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em junho, 54,00% da renda líquida. No ano de 2023, o percentual ficou em 54,61%.
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