Considerando apenas o mês de junho, aumento foi de 0,05%; Trabalhador precisa comprometer mais de 57% do salário mínimo para comprar os alimentos
A cesta básica de Campo Grande encerrou o primeiro semestre deste ano com alta de 7,34% no preço, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (4) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Em janeiro deste ano, o custo da cesta foi de R$ 736,76, enquanto em junho foi de R$ 748,89, um aumento de R$ 12,13.
Considerando apenas o mês de junho, o aumento foi de 0,05% em comparação com o mês anterior.
A cesta básica de Campo Grande é a mais sexta mais cara do Brasil. O valor equivale a 57,34% do salário mínimo
Ou seja, um trabalhador que recebe salário mínimo, de R$ 1.412,00, precisa comprometer mais da metade da renda para comprar o kit de alimentos.
Dentre os itens, a maior alta ocorreu no preço médio do leite de caixinha (8,68%), assim como a manteiga. Conforme o Dieese, o período de entressafra tende a manter os preços elevados, tanto do leite quanto de derivados.
Também houve aumento nos valores do óleo de soja (3,91%), café em pó (2,08% ), batata (1,20%) e banana (0,84%).
Houve queda registrada nos preços do feijão carioquinha (-2,20%), arroz agulhinha (-2,06%), açúcar (-1,81%) , farinha de trigo (-1,47%), carne bovina (-1,28%) e tomate (-1,28%).
Pelo segundo mês consecutivo, o pão francês não registrou variação nos preços. Há um trimestre, o preço médio do quilo do derivado da farinha permanece com valor de R$ 16,32.
Fechando o primeiro semestre do ano, a jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica na Capital foi de 116 horas e 41 minutos, aumento de 4 minutos na comparação com o mês anterior.
Na comparação com junho do ano passado, quando a jornada foi de 112 horas e 42 minutos, houve redução em 4 horas e 1 minuto neste ano.
A cesta básica familiar, que tem itens para alimentar uma família com quatro pessoas, fechou junho com custo de R$ 2.246,67.
Brasil
O preço da cesta básica aumentou em 10 capitais brasileiras em junho. Já nos seis primeiros meses do ano, todas as cidades tiveram elevação nos preços médios.
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 832,69), seguida por Florianópolis (R$ 816,06), Rio de Janeiro (R$ 814,38) e Porto Alegre (R$ 804,86).