A Polícia Civil de Rio Negro concluiu, neste mês, o indiciamento de I.M.S.A., de 23 anos, acusado de prestar serviços de segurança de forma irregular. O jovem é apontado como responsável por utilizar contratos fraudulentos em nome de uma empresa privada, enganando diversos contratantes na cidade de Rio Negro e na região.
A investigação revelou que algumas pessoas, ao solicitarem alvarás para a realização de festas, recorreram a uma determinada empresa de segurança para os serviços nos eventos. No entanto, a investigação mostrou que esses contratos foram feitos sem o consentimento dos sócios da empresa, sugerindo que todas as contratações realizadas em nome da Sevitel Segurança e Vigilância Três Lagoas LTDA ME eram irregulares.
Ao ser intimado pela Polícia Civil para fornecer informações sobre seus funcionários, devido a uma briga ocorrida em uma festa em maio, um dos sócios da Sevitel afirmou desconhecer qualquer contrato ou prestação de serviços de sua empresa na cidade de Rio Negro.
Com as informações fornecidas pelo sócio, os policiais verificaram alvarás anteriormente concedidos, onde a Sevitel foi mencionada como a responsável pela segurança de pelo menos seis eventos em Rio Negro e onze eventos em Rio Verde de Mato Grosso. Esses contratos fraudulentos foram utilizados para obter os alvarás nas Delegacias de Polícia dessas cidades.
A investigação apontou que I.M.S.A. intermediava as contratações fraudulentas, recebendo os valores pagos pelos contratantes, sem ter qualquer autoridade ou vínculo oficial com a Sevitel, que também é considerada uma vítima na ação criminosa.
Além disso, foi identificado que o suspeito possui uma empresa registrada em seu nome, atuando no setor de “serviços de feiras, congressos, exposições e festas”, denominada E.O.A. Nas redes sociais, ele se apresentava com uniformes que sugeriam vínculo com forças de segurança e próximo a veículos oficiais, reforçando a falsa impressão de legitimidade e enganando ainda mais os contratantes. A prática de receber pagamentos em espécie ao final dos eventos dificultou a investigação e o controle por parte das autoridades.
O delegado Gabriel Cardoso, responsável pelo caso, destacou que o investigado aproveitou as restrições impostas pela Polícia Civil para a emissão de alvarás, que exigem a apresentação de uma empresa de segurança homologada pelo Departamento de Polícia Federal, limitando a concorrência e facilitando a prática do crime.
A Polícia Civil alerta a população sobre a importância de verificar a documentação apresentada na Delegacia para a emissão de alvarás, com especial atenção às questões de segurança dos eventos, como pessoal, estrutura e adequações, para evitar complicações legais.
“Todas as atividades e alvarás concedidos com base nos contratos fraudulentos foram cancelados e serão revistos oportunamente. Interessados podem procurar a Delegacia de Rio Negro para mais esclarecimentos sobre os fatos”, afirmou o delegado Cardoso.
A Polícia Civil reforça que a empresa Sevitel Segurança e Vigilância Três Lagoas LTDA ME é legítima e atua regularmente, porém, foi usada de forma fraudulenta pelo suspeito para prestar serviços na região, sem o conhecimento dos proprietários.
Fonte: A mesma