Os três representantes do governo de Mato Grosso do Sul permanecem em Israel à espera de orientações das embaixadas brasileiras e israelenses para conseguirem deixar o país, atualmente em conflito com o Irã. Estão em território israelense o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ricardo Senna, a secretária-adjunta de Saúde, Christinne Maymone, e o servidor público Marcos Espíndola. O grupo faz parte de uma delegação oficial que viajou ao Oriente Médio para participar de um seminário internacional sobre inovação e tecnologia.
Neste domingo (15) Ricardo Senna publicou uma atualização garantindo que todos os membros da comitiva estão bem e em segurança. De acordo com ele, o hotel onde estão hospedados possui diversas áreas protegidas. Apesar da incerteza quanto à data e à logística da saída, os integrantes da missão acreditam que poderão retornar em breve.
“Estamos em contato direto com as embaixadas do Brasil e de Israel para avaliar as possibilidades de retorno, seja por vias aéreas ou terrestres. As opções estão sendo analisadas cuidadosamente. Assim que tivermos uma definição, comunicaremos. O fundamental é garantir uma saída em total segurança para todos”, declarou Senna.
O governo de Israel já indicou que está trabalhando para organizar um voo de repatriação, mas somente quando houver condições adequadas de segurança. Atualmente, o espaço aéreo da região permanece fechado, o que inviabiliza o tráfego de aeronaves e cria um verdadeiro “vazio” no mapa da aviação.
O grupo foi para o país para participar da missão entre os dias 7 e 14 de junho, a convite do Governo de Israel, com o apoio da Embaixada de Israel no Brasil, visando fortalecer a cooperação internacional e promover a troca de experiências em áreas estratégicas para o desenvolvimento da região Centro-Oeste.
Ataque contra o Irã
Após meses de ameaças, Israel elevou a tensão no Oriente Médio e realizou bombardeios contra o Irã nesta quinta-feira (12/6). A operação militar acontece oito meses depois de os dois países, que são rivais históricos, se atacarem mutuamente.
Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram o ataque, classificado-o como “preventivo”. Os alvos, segundo militares israelenses, teriam sido instalações “nucleares em diferentes áreas do Irã”.
No texto, as FDI sinalizaram que o ataque pode ser apenas o início de uma campanha contra o Irã. “Em pouco tempo, dezenas de jatos concluíram a primeira etapa (do ataque), que incluiu ataques a dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em diferentes áreas do Irã”, informa.
A mídia estatal do Irã divulgou que o comandante-chefe da Guarda Revolucionária (IRGC) do país, Hossein Salami, o comandante sênior do IRGC, Gholamali Rashid, e os cientistas nucleares Fereydoun Abbasi e Mohammad-Mehdi Tehranchi morreram em decorrência dos bombardeios.