Agosto de 2024 marcou o Brasil com a queda do avião da companhia aérea Voepass, que fazia a rota entre Cascavel, Paraná e o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. O acidente causou a morte de 62 pessoas em Vinhedo (SP).
Mas, ao longo das últimas décadas, diversos acidentes aéreos impactaram o país. Relembre os mais marcantes:
Vasp, Boeing 727 – 1982
Em junho de 1982, um avião da Vasp colidiu contra a serra da Aratanha, no município de Pacatuba, Ceará. O Boeing 727 chocou-se contra o morro apenas três minutos antes do pouso em Fortaleza, matando 137 ocupantes devido à explosão.
Na análise dos gravadores de bordo foi constatado que o comandante foi autorizado a baixar a altitude do avião para 5 mil pés (1.524 metros). No entanto, a aeronave continuou baixando o nível, colidindo contra o morro a 1.950 pés (600 metros) de altura.
A investigação concluiu que o acidente ocorreu exclusivamente por falha pessoal dos comandantes.
Jato Learjet – 1996
A queda do jato executivo Learjet chocou o país pois foi a causa da morte dos integrantes da banda Mamonas Assassinas.
O jatinho que transportava os integrantes do grupo se chocou contra a Serra da Cantareira no fim da noite de sábado, em 2 de março de 1996, a poucos minutos do pouso em Guarulhos, cidade natal do grupo.
Por volta das 23h15, um jato executivo Learjet avançou sobre as árvores, atravessou a névoa e colidiu na mata.
Morreram todos os integrantes: Dinho, os irmãos Samuel e Sérgio, Júlio e Bento, o piloto Jorge Luiz Germano Martins, o co-piloto Alberto Yoshihume Takeda, e dois assistentes dos artistas, o ajudante de palco Isaac Souto Schuri Lambers e o segurança Sérgio Saturnino Porto.
TAM, Fokker 100 – 1996
Um avião Fokker 100 da TAM caiu sobre residências no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo, próximo à cabeceira do Aeroporto de Congonhas, no dia 31 de outubro de 1996.
A aeronave decolou às 8h26 e caiu às 8h28 sobre diversas casas no Jabaquara. Antes de cair, a asa do avião bateu em um prédio de dois andares e partes da fuselagem atingiram cerca de dez casas.
Ao todo, 99 pessoas morreram na tragédia com o voo 402 com destino ao Rio de Janeiro.
Entre as mortes, 96 pessoas estavam no avião entre passageiros e tripulantes, e três pessoas em terra.
A queda do avião foi provocada por uma falha no reversor da turbina direita (o freio aerodinâmico), que abriu durante a decolagem.
Jato Legacy e Boeing 737 – 2006
Em 29 de setembro de 2006, um Boeing 737 da Gol caiu no estado de Mato Grosso após ser atingido por um jato Legacy. O voo 1907 decolou de Manaus (AM) e tinha a cidade de Brasília como destino.
Na manhã do dia seguinte, um domingo (30), os militares conseguiram encontrar os destroços do avião e os corpos começaram a ser resgatados.
Com a queda, não houve sobreviventes, resultando em 54 mortes, entre passageiros e tripulantes.
Os pilotos do jato, os americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, sobreviveram depois de um pouso de emergência com o Legacy. Os dois foram condenados em 2011 pelo acidente.
Este é considerado o segundo acidente mais grave da história no Brasil.
TAM, Airbus A320 – 2007
Em 17 de julho de 2007, um avião Airbus da TAM que saiu de Porto Alegre não conseguiu parar na pista ao pousar no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.
A aeronave decolou às 17h19 do dia 17 de julho de 2007 do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Pouco antes das 19h, a aeronave teve problemas ao pousar e bateu em um prédio da TAM Express.
Ao todo, 199 pessoas morreram, 186 a bordo e outras 13 no solo, ficando conhecido como o pior desastre aéreo já registrado em terras brasileiras.
Em 2015, a Justiça Federal em São Paulo absolveu os três acusados pelo acidente: o então diretor de segurança de voo da companhia aérea, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, o então vice-presidente de operações da TAM, Alberto Fajerman, e Denise Abreu, que na época era diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil.
Air France – 2009
Em 31 de maio de 2009, o voo 447 da Air France, que ia do Rio de Janeiro para Paris, caiu no oceano Atlântico, a cerca de 600 quilômetros de Fernando de Noronha.
O Airbus A330 desapareceu dos radares cerca de quatro horas depois de decolar do Aeroporto Internacional Tom Jobim.
Os corpos estavam sendo encontrados a 70 km da região onde a aeronave fez o último contato, na região do arquipélago de São Pedro e São Paulo.
As 228 pessoas a bordo, entre elas 58 brasileiros, morreram.
As respostas só vieram quase dois anos depois, quando os destroços do avião, incluindo as caixas-pretas, foram encontrados no fundo do oceano.
O conteúdo das caixas-pretas confirmou que o acidente foi motivado pelo congelamento das sondas de velocidade no momento em que o avião estava em voo O problema levou os aparelhos a emitirem informações incorretas sobre altitude, o que fez com que os pilotos perdessem o controle do avião.
Avião com time Chapecoense
O acidente com o time da Chapecoense não aconteceu no Brasil, mas comoveu o país. Avião com time da Chapecoense caiu em Medelín, na Colômbia, deixando 71 mortos, em novembro de 2016.
A aeronave transportava nove tripulantes e 72 passageiros, incluindo os jogadores do clube, dirigentes da equipe e jornalistas. Apenas seis pessoas foram resgatadas com vida.
Autoridades da Colômbia que investigaram o caso informaram que a aeronave tinha um plano de voo irregular e estava com sobrecarga no momento do acidente.
Acidente Marilia Mendonça
A cantora Marília Mendonça morreu, aos 26 anos, em um acidente de avião do dia 5 de novembro de 2021.
A cantora viajava para cumprir a agenda de shows quando a aeronave caiu em curso d’água próximo da rodovia BR-474, na cidade de Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, no oeste de Minas.
Segundo a Infraero, o avião decolou às 13h05 (hora de Brasília) do aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia.
A aeronave modelo Beech Aircraft caiu momentos antes do pouso, quando atingiu uma torre de transmissão de energia que não era sinalizada.
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que negligência e imprudência foram as causas do acidente.