Na manhã desta quinta-feira (5), as delegacias da região norte do Estado de Mato Grosso do Sul amanheceram de portas fechadas, em um movimento liderado pelos policiais civis em busca de melhores condições salariais e de trabalho. Delegacias de municípios como Jaraguari, Bandeirantes, São Gabriel do Oeste, Rio Verde, Coxim, Rio Negro e Sonora aderiram à paralisação, que se estende por todo o Estado.
Das 8h ao meio-dia, os policiais civis irão atender apenas casos considerados urgentes, como prisões em flagrante, ocorrências relacionadas à Lei Maria da Penha, crimes que envolvem crianças e adolescentes e oitivas que necessitem ser realizadas de imediato. As demais demandas serão suspensas até o fim da paralisação.
O movimento tem como principal reivindicação o reajuste salarial de 28%, que colocaria o subsídio da categoria na sexta posição do ranking nacional. Além disso, os policiais pedem o aumento do auxílio-alimentação para R$ 800, a implementação do auxílio-saúde equiparado ao concedido aos delegados, plantões voluntários remunerados e a inclusão do adicional de fronteira.
Os policiais destacam que, apesar de a lei estipular uma jornada de 40 horas semanais, a realidade no interior do Estado é bem diferente. Muitos profissionais trabalham além do previsto, devido à escala de sobreaviso. Quando ocorre uma prisão em flagrante, por exemplo, o policial de folga precisa comparecer à delegacia e atuar como se estivesse em serviço regular, sem que isso seja contabilizado como hora extra.
A paralisação busca chamar a atenção do governo estadual para as dificuldades enfrentadas pela categoria, especialmente no interior.
Fonte: A mesma